Acidentes domésticos matam 23 crianças e adolescentes por dia no Brasil

criança

A falta de informação e de prevenção causaram 8,6 mil  mortes de crianças e adolescentes por acidentes domésticos no ano passado. A média é de 23 óbitos desse público por esse motivo, de acordo com estatísticas do Ministério da Saúde. Especialistas revelam que cuidados simples podem evitar tragédias familiares. A curiosidade faz parte do processo de desenvolvimento da criança, o que potencializa as chances de intercorrências não intencionais. 

 

Entre o público abaixo de dois anos, a preocupação é com quedas, queimaduras e intoxicações, atropelamentos, submersão, quedas de lugares altos, ferimentos, lacerações e queimaduras têm um risco maior até os seis anos. Acima dessa faixa etária, quedas de bicicletas, traumatismos dentários e ferimentos com armas de fogo costumam ser os problemas mais comuns.

 

Para evitar sequelas e mortes, a aplicação de conhecimento de primeiros socorros pode ser crucial para salvar a vida dos menores de idade. A emergência tende a exigir manobras de reanimação, ataduras e  estancamento de sangue. Todos esses procedimentos antecedem o acionamento imediato do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou do Corpo de Bombeiros ou mesmo da ida às pressas para uma unidade de saúde.

 

Os governos, as famílias e a sociedade já aplicam medidas para evitar os acidentes domésticos e óbitos por esse motivo. A indicação de uso e cuidados com produtos tóxicos na própria embalagem do produto, por exemplo, ajudam a tornar os ambientes mais seguros. Além de políticas públicas, ações relacionadas a comportamento e infraestrutura que não subestimem as crianças e os adolescentes evita até 90% das intercorrências.

 

Aprenda como diminuir os riscos no dia a dia:



Rua:

– Ensine a criança a respeitar os sinais de trânsito, atravessar a rua na faixa de pedestres e olhando para os dois lados.
– Menores de 10 anos não devem atravessar a rua sozinhos. É importante segurar os pequenos pelo pulso.
– Entradas de garagens, quintais sem cerca ou estacionamentos não são seguros para brincadeiras.

 

Trânsito:


– Crianças com menos de 10 anos devem sentar no banco de trás do carro. Até os 7 anos, é importante usar cadeirinhas de segurança adequadas à idade e ao peso da criança. Sempre usar cinto de segurança.
– Não deixe a criança sozinha no carro, mesmo que o vidro esteja entreaberto.
– Ao contratar transporte escolar, busque referências e verifique a documentação do veículo e do motorista.

 

Áreas de Lazer:


– Escadas, sacadas e lajes não são lugares para brincar.
– No parquinho, verifique se os equipamentos são apropriados à idade da criança e fique atento a perigos como ferrugem, pregos expostos e superfícies instáveis.
– O piso deve absorver o impacto e ser de como grama, emborrachado ou areia.
– Ensine regras de comportamento, como não empurrar, nem se amontoar.
– Empinar pipa só em lugares abertos, longe de fios elétricos e trânsito.
– Ensine a criança a usar capacete quando estiver de bicicleta, skate ou patins.
– Conheça as plantas de sua casa e remova as venenosas.

 

Piscina:


– As crianças devem sempre ser supervisionadas por um adulto quando estiverem próximas de água.
– Instale cercas de isolamento na piscina com, no mínimo, 1,5m de altura, cadeados e travas.
– Evite brinquedos e outros atrativos próximos a piscinas e reservatórios de água.
– Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa sensação de segurança. O ideal é que a criança use sempre um colete salva-vidas em embarcações ou na prática de esportes aquáticos.
– Ensine a criança a não brincar de empurrar, dar “caldo” dentro d’água ou simular que está se afogando

 

Casa:

 

– Crianças com menos de 6 anos não devem dormir em beliches. Se não houver escolha, coloque grades de proteção nas laterais.
– Nunca deixe um bebê sozinho em mesas, camas ou outros móveis, mesmo que seja por pouco tempo.
– As grades de proteção do berço devem estar fixas. O vão entre as grades não deve ter mais que 6 cm de distância.
– Remova do berço todos os brinquedos, travesseiros e objetos macios quando o bebê estiver dormindo.
– Certifique-se de que os brinquedos da criança são atóxicos e indicados à idade dela. Compre produtos com o selo do Inmetro.
– Inspecione os brinquedos regularmente em busca de danos.
– Brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15cm devem ser evitados.
– Fique atento ao recall de brinquedos com problemas ou defeitos.
– Deixe o chão livre de objetos pequenos como botões, bolas de gude, moedas e tachinhas.

 

Sala:


– Instale grades ou redes de proteção nas janelas, sacadas e mezaninos. As redes devem ter espaços de no máximo 6cm.
– Use portões de segurança no topo e na base das escadas e, caso sejam abertas, instale redes de proteção.
– As tomadas devem estar protegidas por tampas apropriadas, esparadrapo, fita isolante ou mesmo cobertas por móveis.
– Mantenha camas, armários e outros móveis longe das janelas e cortinas e verifique se estão estáveis.
– Cuidado com as quinas dos móveis.
– Corte os alimentos em pedaços bem pequenos na hora de alimentar a criança.
– Não deixe fósforos, isqueiros e outras fontes de energia ao alcance dos pequenos.
– Mantenha a criança longe da cozinha e do fogão, principalmente durante o preparo das refeições.
– Cozinhe nas bocas de trás do fogão e sempre com os cabos das panelas virados para trás.
– Evite carregar as crianças no colo enquanto mexe em panelas no fogão ou manipula líquidos quentes.
– Não use toalhas de mesa compridas
– Cuidado com pisos escorregadios, coloque antiderrapante nos tapetes.
– Conserve a tampa do vaso sanitário fechada ou lacrada com dispositivo de segurança ou mantenha a porta do banheiro trancada.
– Nunca deixa a criança sozinha na banheira.
– Saiba quais produtos domésticos são tóxicos. Produtos comuns, como enxaguantes bucais, podem ser nocivos se a criança engolir em grande quantidade.
– Mantenha medicamentos trancados e nunca se refira a eles como ‘doce’. Isto pode levar a criança a pensar que não é perigoso ou que é agradável de comer.

 

Área de Serviço:


– Não deixe as crianças por perto quando estiver passando roupa, nem largue o ferro elétrico ligado sem vigilância.
– Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com proteção.
– Deixe os baldes com água no alto, longe do alcance das crianças, esvazie todos após o uso e guarde-os virados para baixo.
– Guarde todos os produtos de higiene e limpeza trancados, fora da vista e do alcance das crianças.
– Nunca deixe sacos plásticos ao alcance das crianças

 

Fonte: Criança Segura Brasil

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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