Goiás chegou a marca de 39 casos confirmados de malária, em 2023. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES-GO), a pasta também registrou 81 casos suspeitos notificados entre janeiro e maio, sendo que 42 foram descartados.
O estado emitiu um alerta no mês passado devido a circulação do vírus em Goiás, após uma paciente de Anápolis morrer pela doença. O caso foi classificado como autóctone, que significa que a pessoa não viajou para fora de Goiás. O único deslocamento realizado pela vítima foi a uma chácara em Aparecida de Goiânia, perto de onde já havia sido confirmado outro caso de malária, em fevereiro.
Ao todo, dois casos foram registrados como autóctones em 2023. Para o médico generalista Lucas Martins, a população precisa estar atenta para prevenir a doença, que pode levar à morte se agravada.
“É importante deixar claro que a malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Porém, a doença pode evoluir para suas formas graves, podendo levar o paciente a óbito, se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada”, afirmou a A Redação.
Sintomas
A malária, conforme Lucas, é uma doença infecciosa, febril, aguda e potencialmente grave, causada pelo parasita do gênero Plasmodium, transmitido ao homem pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego.
Ela pode provocar febre alta, dor de cabeça, calafrios, tremores e sudorese. Em alguns casos, a doença também pode provocar náuseas, falta de apetite, cansaço, convulsões, diarréia e até dificuldade para respirar.
“Esses mosquitos são mais abundantes no entardecer e no amanhecer, além de todo o período noturno. Vale lembrar que não é uma doença contagiosa, uma pessoa doente não é capaz de transmitir malária diretamente a outra pessoa”, explica.
Prevenção
O médico afirma que medidas simples podem ajudar na prevenção da doença, como o uso de repelentes e roupas que protegem mais as áreas do corpo. O uso de mosquiteiros e telas em portas e janelas também é um aliado no combate ao inseto.
De acordo com Lucas, após a confirmação da doença no paciente, o tratamento é feito por meio do uso de comprimidos que são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Somente em casos graves é que o paciente deverá ser hospitalizado de imediato. O tratamento realizado de maneira certa e em tempo oportuno garante a cura da doença e a qualidade de vida do paciente”, concluiu.