ICMS Cidadão é lançado em Goiás

ICMS Cidadão irá beneficiar 100 mil famílias cadastradas no Renda Cidadã, que poderão receber até R$ 73,70 de restituição, o que representa até 12% do valor total das compras mensais. O programa foi lançado ontem pelo governador Marconi Perillo (PSDB) e deve ser efetivado em março, quando os beneficiários receberem a restituição das notas emitidas em fevereiro.

De acordo com o governador Marconi Perillo (PSDB), Goiás é o primeiro Estado do Brasil a repensar o processo de inclusão social e equilíbrio fiscal, a exemplo que é feito na Europa, Estados Unidos, Japão e Uruguai. Em seu discurso, o governador disse que a obrigação do governo é lutar contra a desigualdade social, e que o ICMS Cidadão, é mais um programa criativo e inovador para organizar famílias de extrema pobreza. “Este programa será uma vitrine para o Brasil, porque promove justiça social e educação financeira”.

De acordo com o governador, o impacto financeiro na folha será de R$ 62,4 milhões, em 2018, mas uma coisa vai compensar a outra, porque Goiás terá uma sociedade mais justa e uma economia mais equilibrada. “É uma honra, me despedir desse governo criando políticas públicas novas, como se fosse o primeiro dia de governo. Essa é a energia que carrego comigo e que o Zé Eliton carrega com ele. Esse programa vai ganhar o Brasil e pode se transformar numa nova política de distribuição de renda para Goiás e para o Brasil.”

Leda Borges, que deixa a Secretaria de Cidadania e reassume seu mandato como deputada estadual, recebeu elogios do governador pela dedicação e empenho em promover mais justiça social e qualidade de vida à população goiana. “Ser justo é cuidar dos que mais precisam. Calçar a sandália da humildade, deixar a arrogância e prepotência de lado e buscar políticas que promovam a cidadania para quem mais precisa. Você caminhou conosco nesse processo Leda, obrigada”, disse Marconi.

A ex-secretária lembra que o programa é um benefício garantido ao Estado que ganha na arrecadação e ao beneficiário. “Não é sorteio. É renda revertida e garantida ao cidadão que colocar CPF na nota. Isso é inovador e visionário”, discursou Leda.

Eliton agradeceu a dedicação da secretária Leda Borges que honrou o convite do governador à frente da Secretaria de Cidadania, e disse que o programa garante de maneira eficiente a inclusão social com justiça social e tributária. O próximo governador do Estado, ratificou o compromisso com a transformação, modernização e desenvolvimento do estado, em sua gestão. “Aquele que pouco tem, estará isento da carga tributária, porque esse imposto será revertido em mais renda ao beneficiário. É nessa vertente que o Brasil precisa repensar a carga tributária, e mais uma vez Goiás sairá na frente”, avaliou.

Como receber o benefício?

Para ter acesso ao reembolso, o cidadão precisa estar cadastrado no Programa Renda Cidadão, e no ato de cada compra de supermercado, solicitar o registro do número do CPF na Nota Fiscal. Isso vai gerar créditos de ICMS, que podem chegar R$ 73,70, que serão acrescidos no benefício do mês seguinte.

Patrícia Santana

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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