Distonia: saiba o que é e ajude na conscientização sobre a doença

Sabe aquelas pessoas que sempre balançam os pés quando se sentam? Ou mexem as mãos de forma contínua e desconectada ao falar? Mais do que um hábito, muitas vezes incômodo, esses movimentos repetitivos podem ser decorrentes da distonia. Mas o que seria distonia?

Sobre a doença

Distonia é uma condição neurológica caracterizada por movimentos involuntários e repetitivos, que podem afetar diversas partes do corpo, como o pescoço, os braços, as pernas e o tronco.

A doença pode atingir pessoas de todas as idades, como o maestro João Carlos Martins (que revelou sofrer de distonia desde os 16 anos), e ter causas genéticas ou adquiridas, como traumas cerebrais, infecções, uso de medicamentos ou outras doenças, como Parkinson e síndrome de PKAN.

A neurocirurgiã Ana Maria Moura explica que a distonia é uma doença neurológica rara que afeta a coordenação muscular e pode comprometer a qualidade de vida dos pacientes. Ainda de acordo com ela, as contrações repetidas de um músculo ou de um grupo de músculos podem ser bastante dolorosas. Além disso, elas podem levar a movimentos e posturas anormais dificultando a mobilidade voluntária, podendo ser incapacitante e até levar à morte.

Os sintomas podem variar desde leves desconfortos até dificuldades severas na execução de tarefas cotidianas, como escrever, se vestir, comer e andar.

Tipos

Há dois tipos de distonia, a primária e a secundária. A primária é quando a condição é a única característica clínica e não está relacionada a outras doenças. A secundária é provocada por uma outra doença ou tem outras causas possíveis.

Tratamento

O tratamento é definido a partir da identificação da causa do problema e pode ser medicamentoso, cirúrgico, incluir injeções de toxina botulínica, estimulação cerebral profunda e atividade físicas.

“Portanto, é importante que o paciente tenha um diagnóstico correto e precoce e possa iniciar o tratamento o quanto antes”, diz Ana Maria Moura, que tem atuado no tratamento cirúrgico da doença, o que vem permitindo que pacientes tenham mais qualidade de vida.

Vale lembrar que, recentemente, ela operou cum criança com síndrome de PKAN e distonia generalizada grave. Foi a primeira cirurgia do tipo realizada no país e aconteceu em um hospital de Goiânia.

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Pesquisa aponta que 49% dos brasileiros acreditam em melhorias no país em 2025

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que 49% dos brasileiros acreditam que o país terá melhorias em 2025. O índice permanece estável em relação à pesquisa de outubro, mas registra uma queda de 10 pontos percentuais comparado a dezembro de 2023, quando o otimismo atingiu 59%.

A percepção de piora aumentou entre os entrevistados: 28% acreditam que o Brasil irá piorar em 2025, uma alta de cinco pontos em relação a outubro (23%) e de 11 pontos frente a dezembro do ano anterior (17%).

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 26, foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil participantes de todas as regiões do país.

Sobre o desempenho do Brasil em 2024, 66% dos entrevistados afirmaram que o país melhorou (40%) ou permaneceu igual (26%) em comparação a 2023. No entanto, essa soma representa uma queda de 13 pontos em relação a dezembro de 2023, quando 79% acreditavam que o cenário havia melhorado (49%) ou permanecido estável (30%).

A percepção de piora em 2024 alcançou 32% em dezembro, marcando um aumento significativo em relação aos 20% registrados no mesmo período do ano anterior.

Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, os resultados refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela. “O ano teve aspectos positivos, como o aumento do emprego, mas foi marcado por fatores adversos, como seca, queimadas e notícias sobre alta da Selic, juros e inflação”, explicou Lavareda.

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