Semad instala melipolinário em Goiânia e protege abelhas sem ferrão

Abelhas sem ferrão

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) escolheu Goiânia como sede da primeira etapa do projeto Meliponizar, que tem o objetivo de proteger as populações existentes de abelhas nativas sem ferrão e os habitats em que elas ocorrem.

Um melipolinário demonstrativo será instalado no parque Bernardo Élis, que fica no residencial Celina Park. Ele abrigará colônias resgatadas de árvores podadas ou extirpadas da capital, e servirá de local para pesquisas científicas, aulas de educação ambiental e divulgação de produtos oriundos da meliponicultura.

Entre as espécies que poderão ser remanejadas para o local estão a Jataí (Tetragonisca angustula), Mandaçaia (Melipona quadrifasciata), Uruçu (Melipona scutellaris) e Tibúia (Melipona fasciculata).

“As abelhas sem ferrão são importantíssimas para o equilíbrio ambiental”, afirma a secretária de Estado de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis. “Elas são os mais importantes polinizadores nativos e, portanto, exercem papel fundamental na manutenção da biodiversidade”.

O melipolinário será instalado em parceria com a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), que serão responsáveis pelo resgate dos enxames.

Os servidores destacados pela Semad, Amma e Comurg para participar do projeto passarão por oficinas de capacitação. Haverá oficinas também para difusão de práticas de manejo, fortalecimento da cadeia produtiva, profissionalização da atividade e geração de renda. “O intuito é o de fazer com que os criadores se transformem em atores da conservação da fauna e flora”, diz Inara Carolina de Paula Ribas, gerente de Conservação, Biodiversidade e Fauna da Semad.

O recurso financeiro para custeio do projeto Meliponizar virá de compensação ambiental, um instrumento que impõe aos empreendimentos causadores de significativo impacto ambiental o dever de destinar recursos financeiros para apoiar a reparação de danos decorrentes de impacto ambiental não mitigável ou para criação e manutenção de unidades de conservação em Goiás (lei 14.247/2002).

Dia Mundial das Abelhas

A assinatura do termo de Acordo de Cooperação Técnica entre o Governo de Goiás e a Prefeitura de Goiânia para a instalação do melipolinário demonstrativo no parque Bernardo Élis acontece em 19 de maio, véspera da data em que se celebra o Dia Mundial das Abelhas (20 de maio).

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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