Goiás registrou, até a última segunda-feira, 8, seis casos confirmados de Leishmaniose Visceral, em 2023. O número, conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), representa 31,5% de todos os casos contabilizados em 2022, quando o estado teve 19 infecções pela doença, sendo que um foi importado do Tocantins.
Entre as vítimas infectadas pela doença está uma criança, de 3 anos, moradora de Caldas Novas, no sul de Goiás. O caso foi divulgado no sábado, 6, sendo o primeiro registro da doença na cidade, em 2023.
A vítima, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SES), está em tratamento em Goiânia, mas os detalhes do caso seguem em sigilo, a fim de proteger a segurança da paciente e dos familiares. Ações de prevenção e controle da doença estão sendo tomadas no município, seguindo as orientações da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Ministério da Saúde (MS).
Uma ação de bloqueio na casa da criança e também nas proximidades, por exemplo, foi realizada descartando outros casos. Cães da região também foram submetidos a exames, mas testaram negativo.
O que é a Leishmaniose?
A Leishmaniose é uma antropozoonose, ou seja, uma doença primária de animais que pode ser transmitida aos humanos. Ela é causada pelo protozoário intracelular do gênero Leishmania e transmitida pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos, mas conhecido como mosquito palha. A manifestação da doença pode ser vista através de lesões na pele, mas também pode variar causando lesões nos órgãos internos levando até a morte.
Em quadros agravados, conforme especialistas, a doença pode provocar anemia grave, sangramentos e diminuição da imunidade, fazendo com que o paciente se torne alvo de infecções bacterianas. A evolução para doença sintomática pode ocorrer em semanas ou anos, mas também pode ser subaguda, aguda ou crônica, podendo ser fulminante. Ou seja, rápida e instantânea em 90% dos casos.
Porém, há alguns fatores de risco que podem tornar mais fácil contrair a doença, sendo elas:
- Pessoas do sexo masculino;
- Infecção por HIV;
- Imunocomprometimento;
- Desnutrição;
- Abuso de drogas injetáveis;
- Residência ou visitas a áreas endêmicas,
- Extremos de idade.
Como tratar
A cura da doença é feita com tratamentos específicos com medicamentos como glutantime e anfotericina.
Como prevenir
Não existe vacina ou medicação para fazer uso preventivamente, a melhor forma de prevenção se baseia no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde.
Ou seja, se for a uma localidade onde tenha aumento no número de casos deve-se:
- Usar de mosquiteiro com malha fina;
- Telar de portas e janelas com malha fina;
- Usar repelentes,
- Não se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo, claridade no céu entre a noite e o nascer do Sol, e noite).