Câmara suspende o IPTU do puxadinho

Vereadores aprovaram por unanimidade, a suspensão de cobranças do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do “puxadinho” na primeira sessão plenária do legislativo goiano.

O Projeto de Decreto Legislativo tramitava na Casa desde fevereiro do ano passado, e foi votado nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, na Câmara dos Vereadores de Goiânia, depois ter sido adiada três vezes.

Para o autor do projeto, vereador Delegado Eduardo Prado (PV), a cobrança de tributos sob ampliação da área construída por meio de imagens aéreas fere a legislação e os direitos individuais do contribuinte.

De acordo com o parlamentar, os cidadãos que já pagaram a multa poderão recorrer ao Judiciário.

“Aqueles que já quitaram o valor da multa têm um crédito tributário. Todos poderão pleitear judicialmente e administrativamente através da Defensoria Pública o valor pago”, explica.

Prado informa que colocará em votação, na próxima semana, um projeto de alteração do Código Tributário, que impede as alterações de lançamentos tributários sem que exista comprovação de que ocorreu erro no lançamento, ou, nos casos em que seja necessário avaliar fato não conhecido ou não provado na ocasião do lançamento tributário.

A proposta de Lei Complementar do vereador questiona o modus operandi baseado apenas em fotos aéreas para aumentar o IPTU. “Essa ação da administração fere o contribuinte, na medida em que o pega de surpresa, sem um devido processo de averiguação e legitimidade da modificação predial. É preciso dar maior transparência para as ações tributárias da prefeitura”, finaliza.

A Prefeitura contestou a suspensão aprovada na Câmara. A briga continua…

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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