No primeiro trimestre, mais de 120 adolescentes se casaram em Goiás

No primeiro trimestre, mais de 120 menores de idade se casaram em Goiás

De acordo com um levantamento da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil (Arpen-BR), houve registro de 123 casamentos envolvendo menores de idade no primeiro semestre deste ano, em Goiás. Dentro desses números, 95,1% tiveram uma pessoa maior de idade e outra menor, sendo que apenas 4,87% foram de duas pessoas com menos de 18 anos de idade.

Casamentos entre adolescentes em Goiás

As estatísticas da Arpen-BR relativas a Goiás incluíram 117 casamentos entre uma pessoa menor e outra maior de idade. Um detalhe relevante é que 107 desses 117 casamentos, configurando 91,4% da categoria, foram entre um homem maior de idade e uma mulher menor de idade. Por outro lado, apenas nove (7,69%) foram entre uma mulher maior de idade e um homem menor. Além disso, houve um casamento homoafetivo nessas condições.

Somente seis casamentos no primeiro trimestre deste ano em Goiás foram entre duas pessoas com menos de 18 anos de idade. Com isso, a média até 31 de março no estado foi de 1,37 casamento por dia envolvendo pelo menos um adolescente. Desde que a Arpen-BR iniciou os registros, a maior quantidade foi em 2018, com 993 registros e uma média de 2,72 por dia.

Nos últimos cinco anos, a média anual de registros foi de 790 casamentos envolvendo menores de idade em Goiás. A média diária desse período é de 2,16.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp