Um levantamento comprovou que a diferença de renda entre ricos e pobres varia 32,5 vezes no ano passado. O número é alto, mas menor comparado ao registrado em 2021. À época, a desigualdade variava em 38,4 vezes, segundo Pnad Contínua: rendimento de todas as fontes” elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Chegamos a 2022 com a menor diferença entre a renda dos mais ricos e da metade mais pobre da população, mas ainda é um valor alto. Uma parcela de apenas 1% da população tem um rendimento mais de 30 vezes superior do que a metade mais pobre”, afirma Alessandra Brito, analista do IBGE responsável pela pesquisa.
Os números mais recentes apontam que, enquanto o rendimento médio do grupo formado por 1% dos mais endinheirados foi de R$ 17.447 no ano passado. Por outro lado, as pessoas com menos renda ganhavam R$ 537, em média. A diferença é considerada a menor desde o início da série histórica do IBGE.
Uma pesquisa da LCA Consultores baseada em dados da Pnad, identificou que 35,63% dos trabalhadores recebem até um salário mínimo no País. A inflação em alta tem diminuído cada vez mais o poder de compra dos brasileiros. A população que recebe apenas salário mínimo deveria ter mensalmente R$ 6.547,58, para conseguir sustentar a família, conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).O valor é cinco vezes maior do que o pago desde maio deste ano correspondente a R$ 1.320.
Diferença de rendimento entre ricos e pobres
2021: 32,5 vezes
2020: 38,4 vezes
Fonte: Pnad/IBGE