Brasil terá teste com 4 dias de trabalho por semana

09_07_2020_teletrabalho-4

O Brasil será palco do experimento sobre o impacto da jornada de trabalho semanal de quatro dias. Os testes devem acontecer entre junho e dezembro de 2023, através de uma iniciativa da organização 4 Day Weeks, que conduz testes globais sobre a carga horária reduzida, e a brasileira Reconnect Happiness At Work. 

 

As inscrições para participar do experimento acontecerão em junho e julho. As empresas interessadas devem responder um formulário disponível no site da 4 Day Week para ter acesso à mentoria. 

 

O experimento tem data para ser iniciado em agosto, começando a implementar o modelo em setembro. Existe ainda um custo para participar do estudo, que ainda não foi definido. 

Descanso 

 

O modelo implementado pela organização será o tipo 100-80-100: 100% salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade, Indicadores como estresse da força de trabalho, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, resultados financeiros e turnover (rotatividade) serão os fatores avaliados ao final do experimento. 

 

A universidade americana Boston College foi responsável pela criação da metodologia, com expectativa de garantir a acurácia dos dados para que as empresas possam definir se seguirão com a semana de quatro dias. 

 

”É um projeto com foco inicial no aumento de produtividade, mas que acaba resultando em ganhos para os indivíduos, suas famílias e para toda a sociedade. As empresas que adotaram a semana de trabalho de 32 horas percebem maior atração e retenção de talentos, envolvimento mais profundo do cliente e melhor saúde e felicidade dos colaboradores”, afirma a diretora da Reconnect, Renata Rivetti. 

 

De acordo com Rivetti, a semana de quatro dias de trabalho pode trazer ganhos em saúde mental para os trabalhadores. Um dos exemplos é a pesquisa da consultoria McKinsey, com 15 mil funcionários de 15 países, onde 59% das pessoas passaram ou estão passando por um desafio relacionado à saúde mental. 

 

A pesquisa apontou que trabalhadores que estão enfrentando desafios na saúde mental têm quatro vezes mais chances de sair da empresa e duas vezes maior de estarem desenhados no trabalho. 

 

”A adoção da semana de quatro dias é boa para a empresa, para os clientes, para os colaboradores e para a sociedade. Será uma revolução no mundo do trabalho, possibilitando mudanças em nossa forma de atuarmos, de forma mais produtiva e saudável.”, afirma Rivetti.

 

O estudo já foi implantado em países como Reino Unido, Emirados Árabes, Bélgica, Islândia, Suécia e Espanha. 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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