Casal americano é condenado por ameaçar famílias negras de morte

Em uma festa infantil que acontecia no jardim de uma casa no Estado da Georgia, o casal José Torres e Kayla Norton junto á um comboio de caminhonetes começaram a fazer ameaças às famílias do local. As ameaças de morte eram direcionadas aos convidados negros da festa.

O caso ocorreu em junho do ano passado, poucos dias depois de um defensor da “supremacia branca” entrar em uma igreja e disparar contra negros na cidade de Charleston, na Carolina do Sul.

De acordo com a promotoria do caso, José Torres pegou uma espingarda em seu veículo, apontou a arma contra o grupo de afro-americanos e disse que iria matá-los. Seus companheiros diziam que os pequenos iriam tomar tiros também se referindo às crianças da festa.

No tribunal, Torres confessou que carregava uma arma. Disse que a usou porque “temia pela segurança de seus amigos”.

Enquanto parte dos membros do grupo de 15 pessoas confessou culpa no episódio, outros disseram que reagiram porque membros da festa atiraram objetos contra eles.

Durante o julgamento, Kayla Norton chorou muito e pediu desculpas às vítimas, que também estavam presentes no local.

“Quero que saibam que aquela não era eu e que aquele não era ele. Eu jamais viraria para vocês e diria aquelas palavras. Sinto muito pelo que aconteceu. Sinto muito”, disse.

Uma das vítimas, Hyesha Bryant, afirmou que perdoava os autores dos comentários racistas, mas disse que “seus insultos afetaram sua vida e de0 seus filhos”.

Torres foi condenado a 20 anos, 13 deles na prisão, e Kayla Norton a 15 anos, com 6 na cadeia. Os outros 15 suspeitos foram indiciados.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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