Jovens “nem-nem” seguem em queda pelo terceiro ano consecutivo em Goiás

A quantidade de jovens sem estudar, sem emprego formal e sem formação profissional teve redução em Goiás nos últimos anos. Os chamados “nem-nem” no estado estão em queda desde 2020, de acordo com o Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Pesquisas Socioeconômicas (IMB). No ano passado, essa população goiana teve o oitavo menor percentual do País. 

 

O grupo de pessoas que nem estudam nem trabalham é formado por pessoas entre 15 e 29 anos de idade. A média nacional é de 20,9% e o índice goiano fica em 18,3%, tornando o Brasil o vice-líder mundial nesse quesito. Apesar de aparentar falta de vontade, o fenômeno tem explicações socioeconômicas. A lista inclui dificuldade na inserção no mercado de trabalho, educação precária e dificuldade em prosseguir com os estudos. Em alguns casos, a situação é uma escolha do adolescente ou adulto.

 

Exigências do mercado, como experiência e especialização, são apontados por especialistas como os principais motivos para que os “nem-nem”  se mantenham nessa condição. O resultado são jovens com problemas de saúde mental, desempregados e excluídos socialmente. Uma estratégia para contornar a realidade são políticas públicas e ações da iniciativa privada. 

 

Os jovens goianos têm à disposição programas que incentivam a preparação para o mercado, a exemplo das bolsas Estudo e Qualificação e ainda o Programa Aprendiz do Futuro. Além disso, ações pontuais para minimizar o impacto da pandemia, especialmente em relação à evasão escolar, colaboraram na manutenção de queda dos indicadores dos “nem-nem”.

 

Retorno garantido

 

Muitas empresas já perceberam que o investimento em treinamento e desenvolvimento tem retorno garantido. Para os contratadores, esse viés garante a entrada de jovens no mercado de trabalho e ocupam vagas em funções com dificuldade de serem preenchidas. O mercado da construção civil aposta nesse recurso ao oferecerem cursos no contraturno das atividades para funcionários no primeiro emprego ou para quem mudou de segmento.

 

Nas indústrias, a demanda de 322.953 trabalhadores exige qualificação níveis superior, técnico, qualificação e aperfeiçoamento. O Sistema S ajuda a formar a mão-de-obra necessária para essas ocupações, conforme aponta o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). “O profissional qualificado de acordo com a necessidade do mundo de trabalho tem mais chances de manter o emprego e também pode conseguir uma nova oportunidade mais facilmente quando as vagas forem oferecidas”, afirma o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.

 

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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