Goiás apresenta potencial agropecuário a Embaixada da Alemanha

Atento aos movimentos de aproximação do Brasil com mercados consumidores internacionais, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), promoveu, nesta quarta-feira, 17, um encontro com representantes da Embaixada da Alemanha no Brasil. Na pauta, as potencialidades do agro goiano e a possibilidade do aumento da cooperação entre os países no setor agropecuário. O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, recebeu na sede da pasta, em Goiânia, o adido de Alimentação e Agricultura da Embaixada da Alemanha, Roland Mohr, e o assessor agrícola, Rainald Baier.

 

Durante o encontro, foram apresentados dados econômicos do Estado na produção agrícola e pecuária, bem como iniciativas para potencializar as áreas produtivas aliadas a questões ambientais. O secretário Pedro Leonardo apresentou os investimentos feitos no setor para aumentar a produtividade. “Com os investimentos feitos, foi possível fazer a produtividade aumentar em sete vezes, apenas duplicando a área plantada. Hoje, temos capacidade de dobrar a área produtiva usando apenas as pastagens degradadas existentes, sem derrubar sequer uma árvore”, ressaltou.

 

O adido da Embaixada da Alemanha, Ronald Mohr, pontuou que hoje existe uma lacuna de informações acerca da produção agropecuária brasileira e das técnicas existentes para a produção sustentável. “Sabemos do papel do Brasil na alimentação da população mundial, mas falta conhecimento das práticas produtivas. Temos informações sobre algumas questões positivas, como o plantio direto, mas nosso papel é também conhecer e levar para a Alemanha possibilidades de termos essa produção de forma mais sustentável”, salientou.

 

Além do plantio direto, o titular da Seapa citou políticas de crédito específicas promovidas pelo Governo de Goiás para a sustentabilidade e ações ligadas ao Programa de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC+). Ele também destacou o Programa Estadual de Bioinsumos. Goiás foi o primeiro estado do país a criar uma legislação própria para regulamentação do uso deste tipo de produto e tecnologia.

 

O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emater, Antelmo Teixeira, argumentou, ainda, que as práticas criadas e difundidas pelo Estado vão do grande ao pequeno produtor. “Isso também mostra a preocupação do Estado com a inclusão produtiva, incrementando a produção da agricultura familiar, seja através de projetos de melhoria, de manejo e de gestão, e também com a participação da iniciativa privada, a exemplo das parcerias com o Sistema S, incluindo Senar e Sebrae”, complementou.

 

O chefe de Gabinete de Assuntos Internacionais do Governo de Goiás, Giordano Souza, acrescentou que o governo estadual tem trabalhado para oferecer diversificação nos produtos oferecidos em consonância com práticas sustentáveis reconhecidas. “Não existe política pública em outros estados como a que é feita em Goiás. O governador Ronaldo Caiado tem colocado o Estado como referência para o Brasil no setor agropecuário, indo além da produção de grãos e na pecuária, para a fruticultura, para a agricultura familiar. É uma política agrícola intimamente ligada à política ambiental e temos muito a contribuir com nossos parceiros”, finalizou.

 

Cooperação econômica

 

Em 2022, o Brasil exportou para a Alemanha US$ 3,5 bilhões (aumento de 53,8% em relação ao ano anterior), sobretudo em café, complexo soja, produtos florestais e carnes. Goiás ocupa a 7ª posição entre os estados que mais exportaram para aquele país, com US$ 85,7 milhões, aumento de 84,1% em relação ao ano anterior. Os setores mais exportados foram complexo soja (US$ 53 milhões), carnes (US$ 12,2 milhões), couro (US$ 9,5 milhões) e café US$ 8 milhões).

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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