Uma operação da Prefeitura de Goiânia terminou com um trabalhador da região da 44 baleado, no Setor Norte Ferroviário, no início da tarde desta quinta-feira, 18. A confusão começou durante uma operação contra falsificação de roupas de marca falsificadas. Lojistas acusam um servidor da Guarda Civil Municipal (GCM) da capital de ter atirado. O Corpo de Bombeiros foi acionado e a vítima foi levada com ferimento na perna ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
“As pessoas tentaram hostilizar os guardas para que eles não chegassem no primeiro pavimento, pois era onde ocorria as vendas das roupas falsificadas. Isso gerou um tumulto e o pessoal atacou nossas equipes, como estávamos com pouco efetivo, foi a única forma que encontramos para cessar a ação”, detalhou o comandante operacional da GCM, Vilmar Rodrigues, em entrevista à TV Anhanguera.
Vídeos em circulação na internet mostram pessoas jogando cones de sinalização em direção a um carro oficial da Prefeitura. O estabelecimento alvo da operação não faz parte do rol de filiados da Associação dos Lojistas da 44. O local foi fechado e deve reabrir somente amanhã, sexta-feira, 19. Lojistas afirmam que um homem se apresentou como segurança do shopping e pediu os registros das câmeras de segurança.
A ação era liderada pela Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon Goiânia) e pela Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo (Seplam). O presidente-comandante da GCM, Wellington Paranhos Ribeiro, concederá entrevista coletiva à imprensa ainda hoje para esclarecer o caso relacionado à operação contra falsificação de vestuário.
Desde 2020, os agentes da GCM atuam com pistolas 9 milímetros – consideradas mais indicadas para intervenções em áreas urbanas. Os guardas respaldam ações dos servidores das pastas municipais, mas não têm poder de polícia. No ano passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vedou o exercício de atribuições da instituição como das polícias civis e militares. A atuação deve se limitar à proteção de bens, serviços e instalações do município, conforme prevê a Constituição Federal.
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