Alunas acusam professor de importunação sexual em palestra em Gouvelândia

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Um professor de um colégio de Gouvelândia, a 345 quilômetros da capital goiana, está sendo acusado de importunação sexual. A denúncia feita por mais de 20 alunas da instituição ocorreu na semana passada durante uma palestra sobre o assunto. A Polícia Civil está investigando o caso. O homem já havia sido denunciado pelo mesmo crime ao Conselho Tutelar do município.

 

“Ele passava a mão pelo corpo das vítimas em tom de brincadeira, coisas neste sentido. Ele já praticava essas condutas há bastante tempo”, afirmou a  delegada Simone Casemiro em entrevista ao G1 Goiás.

 

A delegada explica que algumas vítimas relatam terem sido alvo do crime sexual há aproximadamente um ano. Uma das adolescentes compartilhou o constrangimento na atividade e outras também expuseram a situação na última quarta-feira, 17. Elas têm entre 13 e 14 anos de idade. 

 

De acordo com a  conselheira tutelar da cidade, Kelly Pereira, o colégio havia sido informado do crime de importunação sexual. A subsecretária da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) não foi informada do caso.

 

O Código Penal classifica como importunação sexual a prática de ato libidinoso contra alguém quando não há a sua anuência e com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiros. A pena é de prisão de um a cinco anos. Os comportamentos incluídos na lista são apalpar, lamber, tocar, desnudar,  masturbar-se ou ejacular em público, por exemplo. 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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