Goiás é oitavo em consumo de bebidas alcoólicas no Brasil

Uma pesquisa nacional indicou que os goianos ficam na oitava colocação nacional em consumo nacional de bebidas alcoolicas no ano passado. Os gastos somados nas 50 cidades onde as pessoas mais beberam no estado chegam a quase R$ 1 bilhão, de acordo com informações do IPC Maps. 

 

Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde e Valparaíso de Goiás lideram no estado. Os números chamam atenção principalmente se comparadas as diferenças de gastos entre os dois primeiros colocados. Os goianienses investiram 3,1 vezes  mais dinheiro em álcool do que os aparecidenses, mesmo a diferença populacional sendo de apenas 2,8 vezes. O censo de 2010 registra 1.302.001 de habitantes na capital e 455.657 moradores na vizinha vice-líder no ranking estadual.

 

A média de gasto dos goianos com bebida alcoolicas ficou em R$ 131, 24. Nacionalmente, as famílias brasileiras aplicaram R$ 28,2 bilhões nesse tipo de produto, o que representa um acréscimo de 10,5% em relação ao ano anterior. Segundo Marcos Pazzini, responsável pelo estudo, apesar desse valor ter recuado um pouco em 2020 devido à pandemia de covid, o setor deverá apresentar um crescimento moderado ao longo deste ano. 

 

“Apesar da procura por bebidas alcoólicas estar muito ligada aos hábitos de consumo de parte da população — principalmente a mais jovem, que vincula diversão ao álcool—, o rendimento do trabalhador não acompanhou a variação da inflação e, portanto, a expectativa é de que outras categorias econômicas aumentem a participação no orçamento familiar em 2023”, observa o especialista.

 

O consumo ajuda a economia, mas preocupa especialistas. Pesquisas indicam que os jovens estão experimentando álcool cada vez mais cedo – a partir dos 13 anos – e as meninas (67%) estão consumindo mais que os garotos. Os estudos apontam que quanto mais prematura a ingestão desse tipo de bebida, maior a dependência. Um dos principais problemas de saúde pública no Brasil, a dependência do álcool é uma doença crônica que atinge cerca de 15% da população, em sua maioria, homens entre 18 e 29 anos.

 

Ranking de gastos com bebidas alcoolicas nos municípios goianos em 2022:

1º – Goiânia:  R$ 293.859.764, 00

2º – Aparecida de Goiânia: R$ 92.407.930, 00

3º – Anápolis: R$ 60.657.620, 00

4º – Rio Verde : R$  41.430.551, 00

5 º – Valparaíso de Goiás: R$  26.797.187, 00

 

Fonte: IPC Maps

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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