Governo inaugura estande do Protocolo Todos por Elas na Pecuária de Goiânia

12f10702-20ee-401c-9ab1-4d1b1202a3e8

O Governo de Goiás inaugurou nesta terça-feira, 23, o estande do Protocolo Todos por Elas – Não é Não, na 76º Exposição Agropecuária de Goiás, em uma ação da Rede de Enfrentamento da Violência Contra as Mulheres, sob a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds). O evento dá início a uma mobilização local em bares, restaurantes, estabelecimentos comerciais e apresentações artísticas para divulgação de informações sobre o protocolo.

Foram distribuídos panfletos, fixados cartazes em banheiros de ambos os sexos, encenação do símbolo de socorro Não é Não, orientações para baixar o App Mulher Segura, entre outras ações realizadas pela “Blitz Mulher”. No estande voltado para o público feminino, é possível realizar denúncias, receber orientações jurídicas e psicológicas. O espaço também tem direcionamento de cursos de qualificação e capacitação profissional para mulheres em situação de vulnerabilidade e violência, apresentações artísticas, maquiagem e massagem.

O secretário da Seds, Wellington Matos, destaca que a exposição agropecuária é uma excelente oportunidade de divulgação do protocolo. “Temos uma grande concentração de estabelecimentos, eventos e público exatamente para os quais a ferramenta se destina”, afirma Matos.

Criação

O protocolo Todos por Elas foi criado pelo Governo de Goiás, por meio da Seds, com a participação da Rede de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, e lançado pelo governador Ronaldo Caiado no último 8 de março, Dia Internacional da Mulher. O objetivo é incentivar bares, restaurantes, hotéis e comércio em geral a apoiar mulheres em situação de risco. A orientação é para que os estabelecimentos acolham os pedidos de ajuda, providenciando às vítimas maneiras para fazer a denúncia e até mesmo transporte para deixar o local. O slogan é “O pacto é não calar, denunciar e salvar vidas”.

A ferramenta foi desenvolvida em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-GO), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-GO) e Associação Comercial, Industrial e Serviços de Goiás (Acieg), a partir de modelo semelhante adotado em Barcelona, na Espanha.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp