Marcelo Odebrecht depõe hoje sobre possível caixa dois nas eleições de 2014

O empresário Marcelo Odebrecht vai depor hoje (01), no processo que investiga abuso de poder econômico na chapa Dilma-Temer, durante as eleições presidenciais de 2014. O depoimento ocorrerá no prédio do Tribunal Regional Eleitoral. Até o momento nenhuma das testemunhas ouvidas afirmaram que houve uso de caixa dois ou propina na chapa.

Estarão presentes os advogados da ex-presidente Dilma Rousseff. O representante de Michel Temer será Gustavo Guedes. Além de Marcelo Odebrecht, outros executivos da Odebrecht também irão prestar depoimento no processo do TSE.

O ministro Herman Benjamin foi quem solicitou ao ministro Edson Fachin que Marcelo prestasse o depoimento. Nem Fachin e nem o Ministério Público Federal se opuseram. Já Rodrigo Janot pediu sigilo total do que for dito por Marcelo Odebrecht.

Até agora, as investigações no âmbito da Lava Jato estavam centradas no negócio principal do grupo, a construtora. Porém, Cláudio Melo Filho afirmou que o núcleo do governo Michel Temer havia negociado com Marcelo Odebrecht em uma reunião no Palácio Jaburu. Entre os nomes estaria o próprio presidente Michel Temer, Eliseu Padilha, Moreira Franco e Renan Calheiros.

Com informações do G1

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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