Empresários apoiam Caiado em debate sobre reforma tributária

Em nova movimentação em busca de alterações na proposta de reforma tributária apresentada pelo governo federal, o governador Ronaldo Caiado esteve com representantes do segmento industrial na noite desta segunda-feira,29, em Goiânia. Durante jantar com membros da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial), Caiado reafirmou que, embora haja consenso sobre a necessidade de simplificação do sistema tributário brasileiro, centralizar as receitas na União pode ser prejudicial aos estados.

“Sabemos que será uma concentração maior e inequívoca na mão da União, nós ficaremos simplesmente como acessórios, é preciso cuidado”, alertou o governador. “Em nome de uma reforma tributária, podem matar a federação”, acrescentou. Caiado é crítico da unificação dos impostos PIS, Cofins e IPI, federais; do ICMS, que é estadual; e do ISS, municipal, sem previsibilidade de como será a redistribuição. Por isso, pediu que o debate seja “intensificado”, já que a União sinalizou que trabalha pela aprovação da proposta no Congresso Nacional ainda em junho.

O posicionamento do governador foi endossado pela entidade, que representa mais de 130 indústrias. O presidente do conselho da Adial Goiás, José Garrote, disse que a reforma deve preservar a saúde financeira dos estados e, consequentemente, os benefícios oferecidos ao setor produtivo. “Não queremos levar vantagem, mas não podemos perder o nosso direito, os incentivos fiscais, entre outros”, explicou. Ex-presidente da entidade, César Helou reforçou: “A reforma tributária para nós é um problema seríssimo, então a gente conta com esse apoio nos debates”.

Cenário

Por quatro vezes em duas semanas, o governador buscou ampliar o diálogo sobre o tema. No último dia 24, em Brasília (DF), Caiado discutiu a proposta durante o Fórum Nacional de Governadores e recebeu apoio de estados como Mato Grosso do Sul e São Paulo. No mesmo dia, teve reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e, nesta terça-feira (30/05), se encontrou com o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy. O assunto é tratado nas PECs 45/19 e 110/19.

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Minha Casa Minha Vida beneficia cidades com até 50 mil pessoas

O governo divulgou hoje, 22, as propostas selecionadas para a construção de moradias em áreas urbanas pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV), em cidades de até 50 mil habitantes. A lista com as propostas selecionadas foi publicada pelo Ministério das Cidades, no Diário Oficial da União.

Trata-se da primeira seleção do MCMV com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social com este perfil (FNHIS sub-50). Serão 37.295 unidades habitacionais, em 1.164 cidades, de 26 estados.

A expectativa é que cerca de 150 mil pessoas sejam beneficiadas com “moradia digna para famílias de baixa renda, residentes nos pequenos municípios brasileiros”, informou o ministério. O investimento, segundo a pasta, será de R$ 4,85 bilhões.

“O foco são municípios com população inferior ou igual a 50 mil habitantes. As moradias atendem famílias com renda bruta mensal na Faixa Urbano 1 do MCMV, correspondente a até R$ 2.850, admitindo-se o atendimento de renda enquadrada na Faixa Urbano 2 (até R$ 4.700)”, detalhou o ministério.

Entre os critérios adotados para a seleção dos projetos está o de priorizar propostas que melhor atendam à demanda habitacional e observem “requisitos técnicos de desenvolvimento urbano, econômico, social e cultural, sustentabilidade, redução de vulnerabilidades e prevenção de riscos de desastres e à elevação dos padrões de habitabilidade, de segurança socioambiental e de qualidade de vida da população que será beneficiada”.

Com a divulgação das propostas selecionadas, estados e municípios terão de incluir, até 10 de dezembro, a proposta selecionada na plataforma Transferegov, programa nº 5600020240048, de forma a viabilizar a contratação pela Caixa Econômica Federal até o final do ano.

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