Dengue: casos aumentam 15% em duas semanas em Goiás

Apesar do período de seca, o número de pessoas com diagnóstico de dengue em Goiás subiu 15% em apenas nas  duas últimas semanas. Os óbitos seguiram movimento inverso com nove registros neste ano. No ano passado, a doença matou 177 pessoas no estado e  deixou 155.568 doentes, de acordo com o painel de indicadores da infecção da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO).

 

A preocupação das autoridades em saúde é maior com as cidades de Ouro Verde de Goiás, Campo Belos, Mambaí, Posse, Cromínia e Itaguari. Nesses municípios houve o maior coeficiente de casos mais recentemente. De forma geral, em 2023 o maior número de mortes por dengue ocorreu em Caldas Novas, Padre Bernardo, Doverlândia, Indiara e Luziânia. 

 

A confirmação de quatro casos de um “novo” vírus causador da dengue preocupa especialistas. A doença causada pelo sorotipo 3 não era registrada há 15 anos no Brasil, de acordo com pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). É mais um alerta para a necessidade de eliminar criadouros do mosquito Aedes Aegypti, que também transmite a zika e chikungunya.

 

O aumento de casos da doença nos últimos anos foi provocado por uma combinação de epidemias cíclicas a cada quatro ou cinco anos, chuva e calor intensos no verão e descuido da população com locais de reprodução do mosquito da dengue. O apoio para evitar criadouros dos mosquitos transmissores é essencial para reduzir a ocorrência dessas doenças. 

Prevenção

A dengue é uma doença infecciosa que depende do controle da proliferação no ambiente. A limpeza para eliminação de criadouros com água nos pátios e quintais das residências e a aplicação de inseticida nos municípios são algumas das medidas necessárias. Para a proteção individual, o uso de repelentes e mosquiteiros são indicados. A vacina QDenga foi aprovada neste mês pela Anvisa, mas deve estar disponível a rede particular somente a partir do segundo semestre de 2023 e pode ser incluída no calendário nacional do Ministério da Saúde.

 

Casos de dengue

2022: 155.568 

2023: 35.899 

 

Óbitos por dengue

2022: 177

2023: 9

 

Fonte: SES-GO

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STJ mantém prisão de biomédica após morte de paciente durante procedimento estético em Goiânia

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão preventiva da biomédica Quesia Rodrigues Biangulo Lima, detida em flagrante após a morte de uma paciente durante um procedimento estético em uma clínica localizada no Parque Lozandes, em Goiânia.

A defesa da biomédica argumentou que a prisão foi decretada com base apenas no relato dos policiais sobre o uso de produtos inadequados, sem a realização de perícia técnica. Os advogados sugeriram a adoção de medidas cautelares como alternativa à prisão.

No entanto, o ministro Herman Benjamin ressaltou que a análise do mérito do habeas corpus ainda será realizada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Enquanto isso, a prisão será mantida devido aos indícios de irregularidades e aos potenciais riscos à sociedade.

Detalhes sobre o caso

A paciente, uma mulher de 44 anos, sofreu uma reação alérgica grave após a aplicação de hialuronidase, substância utilizada para dissolver preenchimentos de ácido hialurônico. Ela teve uma parada cardíaca e faleceu durante o procedimento.

Após o incidente, a clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária, que identificou irregularidades como produtos vencidos e condições inadequadas de higiene. A biomédica foi presa em flagrante, e sua custódia foi convertida em prisão preventiva pelo TJGO.

Dois inquéritos estão em andamento: um investiga as circunstâncias da morte da paciente, enquanto o outro apura as condições sanitárias e as práticas na clínica. Quesia responde por suspeita de exercício ilegal da medicina e uso de produtos impróprios para consumo.

A data para a análise do mérito do habeas corpus pelo TJGO ainda não foi definida.

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