Camgirls ganham popularidade no Brasil

Cresceu entre internautas brasileiros o interesse pelas “camgirls”. É o que aponta dados da Camera Prive, o maior site do segmento na América Latina com mais de 50 milhões de visitantes por mês contudo. Segundo a plataforma brasileira, o número de novos usuários interessados em assistir performances aumentou em 17%. 

O termo “cam” está relacionado a webcam e pode ser usado tanto para mulheres (camgirls) quanto para homens (camboys). O repentino interesse pode ser atribuído ao sucesso da personagem Anely, interpretada por Tatá Werneck na novela “Terra e Paixão”, da Rede Globo. Entretanto, em 2014 as camgirls ficaram mais conhecidas no Brasil, com a participação da modelo Clara Aguilar no Big Brother Brasil. 

A despeito da fama de “liberais” dos brasileiros para assuntos sexuais, o assunto ainda é um tabu para a grande maioria das pessoas. Desta forma, plataformas online funcionam como intermediadoras do pagamento entre webmodels que desejam fazer shows pela internet e usuários que querem assistir. A interação no chat ao vivo pode ser apenas apenas um bate-papo ou até mesmo um strip-tease.

A grande maioria dos atuantes na área preferem fazer suas transmissões por um meio que possa garantir privacidade dos dados e segurança no recebimento de valores. Dessa forma, camgirl e cliente podem interagir sem a necessidade de compartilhamento de dados pessoais, mantendo sigilo e segurança de ambos. 

A interação ocorre prioritariamente por meio de chats pagos e são diversas modalidades. Os valores são cobrados por minuto e variam entre um atendimento exclusivo ou coletivo, incluindo a possibilidade de ativação do PriveToy (como é chamada a linha de brinquedos eróticos da Lovense conectados ao site) para controlar a intensidade dos movimentos do aparelho pela tela.

Famosas


Com cerca de 20 mil seguidores na Camera Prive, Ivy Moon começou a produzir esse tipo de conteúdo para a internet por ser “curiosa e exibicionista”. Ela confirma a variedade de possibilidades aos assinantes. Há quem procure por fetiches relacionados a BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo), role-play (jogo de encenação como se fossem pessoas diferentes), podolatria (adoração por pés), entre outros.

Pocahontas, camgirl que possui 40 mil seguidores no Camera Prive, conta que conheceu as possibilidades de ganhar dinheiro por meio do camming por meio do ex, mas se chocou com a quantidade que conquistou na primeira tentativa. Já a apresentadora do podcast Prosa Guiada, Emme White, começou na carreira por indicação de uma amiga. Na época, não mostrava o rosto, por receio de sofrer algum tipo de preconceito. Contudo, o retorno financeiro foi muito satisfatório, a ponto de eu adquirir independência financeira.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp