Seu Juca, fundador do modelo cooperativista no Sul goiano, morre aos 100 anos

Seu Juca, fundador do modelo cooperativista no Sul goiano, morre aos 100 anos

Foi enterrado no final da tarde desta segunda-feira, 5, em Piracanjuba, cidade a 93 quilômetros de Goiânia, o pioneiro José Martins Ferreira, o “seu Juca”. Ele havia completado 100 anos no dia 23 de março último. O vice-governador Daniel Vilela (MDB), de quem seu Juca era próximo, lamentou: “Ele foi uma pessoa muito especial. Ele sempre nutriu uma paixão e muito se dedicou ao partido, o MDB. Honramos sua memória, pedindo a Deus para que acolha e console familiares, amigos e admiradores”.

Ao longo de sua trajetória, seu Juca deixou um legado de sucesso à frente de iniciativas que mudaram a história de Piracanjuba. Fundou e presidiu a Cooperativa Agropecuária Mista de Piracanjuba (Coapil), foi presidente do Sindicato Rural de Piracanjuba e vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg).

Também ajudou a construir locais importantes para o desenvolvimento da cidade, como o Hospital São Vicente, o Parque de Exposições, a unidade local da Emater, a agência do Banco do Brasil, a sede da maçonaria e o Lar dos Idosos.

“Tinha o perfil conciliador, e era muito procurado e ouvido pelos nossos dirigentes partidários. Fica o nosso agradecimento pela sua história de vida, por toda sua colaboração que ele deu ao MDB e ao estado de Goiás”, acrescentou Daniel Vilela.

José Martins Ferreira nasceu em 1923, na Fazenda Cachoeira, zona rural de Piracanjuba. O apelido, Juca da Quita, tem origem cultural e familiar. Nessa época, nas cidades do interior, era comum que as crianças fossem identificadas pelo nome dos pais. Como sua mãe se chamava Quita, ficou desde pequeno conhecido por todos pelo carinhoso nome.

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Bolsonaro pode apoiar Daniel Vilela em 2026

“Wilder não sabe se será o presidente do PL até lá. Eu vou apoiar para o governo de Goiás quem o Bolsonaro indicar”, afirma o vereador eleito em confronto com o senador.

Com a atenção voltada para a sucessão estadual de 2026, o vereador eleito de Goiânia, Major Vitor Hugo (PL), organizou um encontro entre o vice-governador Daniel Vilela (MDB) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após as eleições municipais. A reunião surpreendeu a cúpula do PL em Goiás, que reagiu com um comunicado repudiando a ação de Vitor Hugo. Essa articulação, no entanto, lança dúvidas sobre a liderança do senador Wilder Morais, presidente do PL em Goiás, especialmente após a fraca performance do partido nas eleições municipais deste ano.

De acordo com Major Vitor Hugo, a reunião foi autorizada por Bolsonaro e abordou o cenário eleitoral tanto nacional quanto estadual. O vice-governador Daniel Vilela, que deverá assumir o governo em abril de 2026, se posiciona como um candidato natural para suceder o governador Ronaldo Caiado (União Brasil). O grupo governista saiu fortalecido das eleições municipais, tendo conquistado cerca de 200 prefeituras, além da expressiva popularidade de Caiado, que atingiu uma aprovação de 88%, conforme pesquisa Quaest divulgada recentemente.

Wilder Morais também se declarou pré-candidato ao governo de Goiás. No entanto, ao contrário de Vilela, o projeto eleitoral do senador enfrenta diversos obstáculos. “Essa definição, conforme a lei e o estatuto do PL, será tomada em julho de 2026, durante a convenção. Afirmar que é candidato com um ano e meio de antecedência é uma posição individual”, alertou Vitor Hugo em entrevista ao jornal O Popular.

“Wilder não sabe se será o presidente do PL até lá. Eu irei apoiar para o governo de Goiás quem o Bolsonaro indicar. Apoiarei também para o Senado quem o Bolsonaro indicar, assim como segui as suas orientações nas eleições deste ano”, enfatizou Major Vitor Hugo, sugerindo que as decisões eleitorais dentro do PL são predominantemente determinadas pelo ex-presidente.

A tensão no PL e a deterioração da liderança de Wilder Morais se refletem nos resultados das eleições municipais. O senador havia anunciado que o partido teria um desempenho robusto e sairia fortalecido para a sucessão estadual. Contudo, o resultado ficou muito aquém das expectativas, com apenas 26 prefeitos eleitos, menos da metade do que foi inicialmente projetado.

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