Polícia de Goiatuba apreende facção criminosa por depredação contra o patrimônio da cidade

Após um ano de investigações, a Polícia Civil cumpriu 75 mandados de prisão e de busca, desbaratando uma organização criminosa instalada dentro do presídio de Goiatuba.
Entre os presos, há mulheres e um advogado, cujo nome não foi divulgado. Entre os crimes, os presos traficavam drogas e depredavam o patrimônio.

Contando com a participação de 60 policiais civis, entre agentes, escrivães e delegados, a “Operação Panóptico” é o resultado de um ano de investigações realizadas pela Delegacia de Goiatuba. A ação policial é a primeira, em território goiano, a prender integrantes femininas de organização. De acordo com o que foi apurado, as mulheres da agremiação criminosa tinham nela participação ativa e já acumulavam, até mesmo, funções de comando.

Descobriu-se que o grupo atuante em Goiatuba fazia parte de uma organização de maior escala, que agia em todo o território goiano e possuía abrangência nacional.

Além de Goiatuba, as diligências ocorrem em Pontalina, Caldas Novas, Morrinhos e no município de Dourados, no Mato Grosso do Sul.

A facção era estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas. Esse quadro de divisão de especialidades incluía grupos responsáveis pelo acondicionamento e vigilância das drogas, armas e atividades de tesouraria. Havia inclusive integrantes que se destinavam a efetuar cadastros de novos membros. A facção também possuía, entre seus componentes, um advogado, o qual militava em favor da organização. Ele teve participação em alguns crimes praticados pelo bando.

Crimes

Os presos responderão pelo crime de organização criminosa, previsto no artigo 2º da lei 12.850/13, que estabelece pena de três a oito anos, sem prejuízo do aumento de pena pelas funções de comando, emprego de arma de fogo e aliciamento de menores. Também foram instaurados inquéritos para a apuração dos crimes praticados pela organização.

Após procedimentos, os autuados serão recolhidos na Unidade Prisional de Goiatuba, onde ficarão à disposição da Justiça.

A Operação Panótico teve a participação da 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC); Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc), Grupo Especial de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (Gepatri), Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e 2ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP), todas de Itumbiara, além das DDPs de Bom Jesus, Pontalina, Goiatuba, Morrinhos, Caldas Novas e Piracanjuba.

Durante as investigações, a PC de Goiatuba teve apoio irrestrito e trocou informações com a direção da Unidade Prisional do município. As ordens de prisão e busca e apreensão foram decretadas pelo Poder Judiciário de Goiatuba após parecer favorável do MP, por meio do GAECO.

A Operação Panóptico completa um ciclo de investigações realizadas pela PCGO contra esta organização criminosa. Além dela, a Polícia Civil já havia realizado as Operações Esfacela, Insone e Descarrilamento.

 

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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