Cardiopatia Congênita: Saúde participa de ações

Cardiopatia Congênita: Saúde participa de ações

No Dia de Conscientização da Cardiopatia Congênita, lembrada nesta segunda-feira (12/06), o Governo de Goiás recebeu representantes da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP) e da Associação Amigos do Coração em visitas ao Hospital Estadual de Urgência Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e ao Hospital da Criança e do Adolescente (Hecad).

Nessas unidades da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) são realizadas, respectivamente, cirurgias cardiopediátricas e consultas ambulatoriais na especialidade.

Dados do Ministério da Saúde (MS) registram mais de 30 mil nascimentos por ano de crianças com cardiopatias no Brasil. A doença é a terceira causa de morte entre recém-nascidos. A superintendente de Políticas de Atenção Integral à Saúde da SES-GO, Paula Pereira, e a equipe da regulação da SES-GO acompanharam os representantes da SGP e Amigos do Coração, que conheceram números e características dos serviços.

“A gestão estadual tem compromisso com a transparência e, ainda, com a participação da sociedade. O esforço diário é pela melhor assistência aos nossos pacientes”, reforçou Paula Pereira.

CARDIOPATIA CONGÊNITA

A cardiopediatria foi implantada no Hugol há três anos, em abordagem cirúrgica, visando ampliar uma assistência que, antes, era restrita à rede conveniada de Goiânia e que funcionava precariamente, segundo a primeira secretária da SGP, Mirna de Souza.

De acordo com ela, a SGP entende que o problema da saúde da criança em Goiás é muito complexo, formado por uma cadeia de elos, entre os quais está o serviço de especialidades.

“Alguns serviços como Hugol e Hecad precisam ser regulados. Quando esses serviços têm um pronto-socorro aberto à população, ele vai suprir uma demanda da rede básica. Com isso, esse serviço é ocupado com um paciente de perfil diferente para o qual ele foi destinado, e o paciente que deveria ser encaminhado para essa unidade não encontra vaga”, avalia Mirna, ao defender a regulação desses serviços.

ATENDIMENTO

Segundo Mirna Souza, a SGP vai encaminhar ao Ministério Público um documento com reivindicações para melhorar o atendimento aos cardiopatas, dentre elas, a exigência de atendimento apenas por regulação pelo Hugol e Hecad.

“Essas unidades precisam atender dentro do perfil, para que haja vaga ao paciente grave. É preciso que a rede básica atenda melhor e não sobrecarregue as unidades especializadas”, finalizou ela.

Martha Camargo, da Amigos do Coração, também reconheceu o avanço da especialidade e os investimentos do Governo de Goiás nos dois hospitais. “Sem dúvida, as famílias têm hoje mais suporte nessa área do que no passado”, avaliou.

De janeiro a maio de 2023, o Hugol realizou 3.875 atendimentos pediátricos de urgência/emergência e ambulatoriais e 635 cirurgias pediátricas. A partir de 2022, com a implantação do Hecad, a cardiopediatria também avançou, com a abertura do acompanhamento ambulatorial e de urgência. Desde sua abertura, a unidade realizou 146.147 atendimentos, com 352.314 exames, 47.195 consultas, 10.872 internações e 4.697 cirurgias.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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