Alfabetização na idade certa é executada em Goiás desde 2021

Alfabetização na idade certa é executada em Goiás desde 2021

A união de esforços para garantir a Alfabetização das crianças na idade certa, proposta nesta segunda-feira, 12, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o lançamento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, já é uma realidade em Goiás.

Em dezembro de 2021, o governo estadual lançou o Programa em Regime de Colaboração pela Criança Alfabetizada (AlfaMais Goiás), fortalecendo os laços de cooperação com as prefeituras goianas e garantindo a elas apoio financeiro, técnico e pedagógico.

O programa é executado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e tem como proposta garantir que todas as crianças matriculadas na rede pública concluam o 2º ano do Ensino Fundamental sabendo ler e escrever.

AlfaMais Goiás é composto por um conjunto de ações direcionadas às turmas da Educação Infantil e de 1º, 2º e 5º anos do Ensino Fundamental. O trabalho inclui formação de professores, elaboração e entrega de materiais didáticos complementares, pagamento de bolsas para profissionais envolvidos, premiação das escolas com melhores resultados, fomento às instituições de ensino com menores índices de alfabetização e implantação do ICMS educacional.

RESULTADOS POSITIVOS

Em pouco mais de um ano, o pacto pela Alfabetização implantado em Goiás investiu mais de R$ 58 milhões e apresenta avanços extremamente positivos: cerca de 300 mil estudantes atendidos e um avanço significativo nos índices de proficiência, que saíram de 49% para 56%.

Os resultados têm como base os dados apresentados dentro do Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás (Saego), obtidos a partir de 67.928 alunos avaliados no ano passado, em comparação a 2021.

ALFABETIZAÇÃO

Ousado e inovador, o AlfaMais Goiás já está consolidado nos 246 municípios goianos, que foram beneficiados com a distribuição de 350 mil livros, 144 mil kits escolares, 13 mil kits literários e 40 mil livros para uso do professor. O programa contemplou 3 mil gestores escolares com cursos de formação e pagamento de 852 bolsas de estudo.

Como forma de incentivo, o AlfaMais Goiás também instituiu o prêmio Leia, que garante uma premiação de R$ 80 mil para as 150 escolas com melhores resultados na aprendizagem. Nesta primeira edição, 87 municípios se destacaram e vão receber seus prêmios nesta quarta-feira (14/06).

GOIÁS BEM REPRESENTADO

A cerimônia de lançamento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, foi realizada nesta segunda-feira (12/06) no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Educação, Camilo Santana. A secretária de Educação do Estado, Fátima Gavioli, representou o governo de Goiás na solenidade.

Sobre o direito da criança de aprender a ler e a escrever na idade adequada, a secretária destacou que o processo de alfabetização é um alicerce de casa bem construída. “Uma boa educação é fundamental para promover a autonomia do indivíduo, garantindo um futuro melhor para esses estudantes e suas famílias. Quanto mais educação, mais mobilidade social”, disse.

DESAFIO NACIONAL

De acordo com os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do total de 2,8 milhões de crianças que concluíram o 2º ano do Ensino Fundamental em 2021, cerca de 1,7 milhão apresentava déficit de aprendizagem em Língua Portuguesa. Isso corresponde a 61,3% dos alunos matriculados nas redes públicas do país.

Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, o ensino remoto na pandemia trouxe à tona um cenário preocupante.

“O foco desse compromisso lançado hoje é o ensino das crianças de 6 e 7 anos, mas percebemos ser extremamente necessário também direcionar essas ações para as crianças de 8 e 9 anos na recomposição da aprendizagem, pois elas foram as mais impactadas pela pandemia”, acrescentou.

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o fato de o Brasil ter quase 60% de suas crianças sem saber ler nem escrever na idade certa é um desafio grande, que exige a união de todos.

“Nós temos uma missão e um dever com essas crianças e suas famílias, que independe de questões partidárias, porque estamos falando aqui do futuro de uma nação”, ressaltou.

SOBRE O COMPROMISSO

O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada prevê investimentos da ordem de R$ 2 bilhões nos próximos quatro anos e se baseia em cinco eixos: Gestão e Governança, Formação de Profissionais de Educação, Infraestrutura Física e Pedagógica, Reconhecimento de Boas Práticas e Sistemas de Avaliação.

Com esse pacto que envolve esforços conjuntos da União, dos Estados e dos 5.568 municípios brasileiros, o governo federal pretende garantir que 100% das crianças brasileiras terminem o 2º ano do Ensino Fundamental com domínio sobre as competências de leitura e escrita, conforme estabelece a meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE).

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp