Homem que esfaqueou ex e matou enteada é morto ao atacar policiais

O homem suspeito de matar a enteada de 12 anos esfaqueada em Barro Alto, no norte de Goiás, morreu na manhã deste domingo, 18. A faca utilizada por Natan para atacar os policiais foi furtada junto com um facão da residência que ele invadiu durante a noite. Militares informaram que o homem foi alvejado ao tentar atacar policiais com uma faca.

Nesta manhã, de acordo com o delegado, as buscas foram intensificadas e contaram com o auxílio do helicóptero do grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer).

O investigador explicou que as buscas por Natan duraram quase 40 horas e contaram com apoio de várias equipes da Polícia Militar (PM). A equipe recebeu informações de que o suspeito teria invadido uma residência na zona rural do município, que se localizava a cerca de 2 km da casa da ex-mulher.

Relembre o caso

O homem era suspeito de matar a enteada, Gabrielly Cardoso, de 12 anos, esfaquear a ex-esposa e outras duas crianças na noite da última sexta-feira, 16, em Barro Alto.

Mãe e o suspeito tiveram um relacionamento por dez anos, mas se separaram há cerca de um ano e meio após a adolescente contar que havia sido estuprada pelo padrasto. No entanto, as investigações sobre o caso ainda não foram concluídas.

De acordo com a PM, Natan Dias teria “ficado nervoso” e ido até a casa da ex ao saber que Dheila Cardoso Dias estaria em um novo relacionamento após o divórcio.

Segundo a corporação, a adolescente não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A mãe e os outros dois filhos foram levados para o Hospital Municipal de Barro Alto.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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