Governo de Goiás amplia atendimento oncológico no Estado

Governo de Goiás amplia atendimento oncológico no Estado

O Governo de Goiás tem ampliado e qualificado, cada vez mais, o atendimento ao paciente com câncer no Estado. Além de criar unidade especializadas, como o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), investe na ampliação do Hospital Estadual de Itumbiara São Marcos (HEI), que passou a realizar procedimentos oncológicos, instalou seis policlínicas nas macrorregiões de saúde e está construindo o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), com previsão inicial de funcionamento da ala pediátrica.

Pacientes de diversos municípios goianos já não precisam mais se deslocar para Goiânia em busca de atendimento oncológico, pois podem contar com toda a estrutura do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, referência na área em Goiás. O HCN já realizou 184,8 mil atendimentos das macrorregiões centro-norte e nordeste do Estado, que reúnem 15 municípios, dos quais mais de 12 mil, desde o ano passado, em seu centro de oncologia – o primeiro da rede estadual. Os atendimentos envolvem consultas, exames, cirurgias e quimioterapias oncológicas.

Outra frente importante de investimentos são os convênios com entidades municipais e filantrópicas, às quais o Governo de Goiás repassa recursos, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Apenas ao Hospital de Câncer Araújo Jorge, em Goiânia, o repasse é de R$ 1,8 milhão por mês. Para as Santas Casas de Misericórdia da capital e de Anápolis, e o Hospital Padre Tiago, em Jataí, o Estado repassa, também mensalmente, um total de R$ 1,7 milhão para diversos serviços, entre eles, os de oncologia.

O Hospital Padre Tiago, por exemplo, inaugurou o centro oncológico em 2019. Desde então, os serviços oncológicos na unidade somam soma 19 mil consultas e exames, 1,2 mil cirurgias e 8 mil sessões de quimioterapia. Em outra unidade que passou a oferecer serviços na área oncológica, em novembro de 2022, o Hospital Estadual de Itumbiara realizou, até maio deste ano, mais de 800 atendimentos e procedimentos clínicos, quimioterápicos e internações oncológicas, além de exames de diagnósticos de câncer.

Policlínicas, HCN e Cora

As Policlínicas Estaduais, instaladas em Posse, Goianésia, Quirinópolis, Formosa, Goiás e São Luís de Montes Belos, também atendem pacientes com suspeita de câncer regulados pelos municípios. “As seis policlínicas são hoje toda referência estadual para os exames e diagnósticos para o câncer, e atendem a população das regiões de saúde conforme sua localidade”, esclarece o secretário da Saúde, Sérgio Vencio. Ele lembra que toda essa rede vai ganhar um reforço sem precedentes, com o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora).

Com investimentos de R$ 424,7 milhões, a unidade será estruturada com 148 leitos de internação, centro cirúrgico, farmácia, centro de exames por imagem e de infusão quimioterápica. Vai oferecer procedimentos de alta complexidade, como transplante de medula óssea, e contará com leitos para internação de adultos, ala de prevenção e alojamento para receber familiares de pacientes. A primeira etapa da obra, prevista para final de 2024, será uma ala pediátrica, para atendimento e tratamento oncológico especializado a pacientes infantojuvenis.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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