Governo de Goiás apresenta projetos a executivos do Banco do Brics

goiás

Uma parte da comitiva do Governo de Goiás que está em solo chinês desde o último dia 8 de junho, esteve nesta segunda-feira (19/06) em audiência com a presidente do New Development Bank (NDB), Dilma Rousseff, e com os executivos do banco em Xangai para apresentar um portfólio de projetos estruturantes que necessitam de aporte de recursos para execução. A reunião no Banco do Brics, como é conhecido, foi coordenada pelo subsecretário de Governança da Secretaria-Geral de Governo, Leonardo Saad, que aproveitou a oportunidade para apresentar seis projetos em quatro diferentes eixos.

“Foi um primeiro contato muito animador pois ouvimos da equipe do NDB que há um empenho em contemplar projetos inovadores vindos do Brasil. A própria presidente Dilma Rousseff nos informou que está buscando ideias inovadoras para integrar a carteira de investimentos, colocando o Brasil com destaque na linha de apoio do banco”, adianta Saad. O Brics é uma organização de países de mercado emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul para o desenvolvimento econômico.

Em primeiro contato com executivos do NDB, o Estado apresentou projetos estruturantes idealizados pelo Governo de Goiás, ou que contam com apoio direto do Executivo goiano para a sua execução. Em termos de mobilidade urbana foram elencados três projetos que priorizam a sustentabilidade: o BRT de Luziânia; a frota elétrica do BRT Anhanguera; e a reforma do Eixo Anhanguera. Também foram apresentados projetos de agricultura irrigada voltada à fruticultura no Vão do Paranã, bem como obras de infraestrutura na área do transporte, energia, tecnologia e inovação.

“Estamos voltando com muito fôlego para estruturar de maneira consistente um processo de captação de recursos dentro dos moldes solicitados pelo NDB e promovermos os avanços nestes eixos estruturantes que contribuem para a modernização do Estado como um todo”, avalia Saad.

Aporte aprovado

Durante a reunião no NDB, a comitiva goiana foi informada de que projetos de Aparecida de Goiânia, apoiados pelo Governo de Goiás, receberam a aprovação do Comitê de Investimento e Crédito e estão sob deliberação do Colegiado de Diretores (Board of Directors) para sua aprovação. Ao todo, U$ 150 milhões foram pré-aprovados para serem investidos em dois eixos: infraestrutura de transportes e infraestrutura social; sendo U$ 120 milhões financiados pelo NDB e outros U$ 30 milhões de contrapartida da Prefeitura de Aparecida de Goiânia.

Na parte de transportes, estão contemplados a pavimentação asfáltica, drenagem e obras de arte. Em termos de infraestrutura social estão contempladas a construção de 15 escolas e a revitalização de quatro parques municipais.

 

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp