Goiás já tem quase 2,8 mil casos de picadas de escorpião dentro de casa

O grande número de casos de picada de escorpião dentro de casa em Goiás obriga a população a redobrar os cuidados. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), foram 2.712 ataques em Goiás em 2023 (de janeiro a 20 de junho). O número se aproxima ao registrado de janeiro a junho do ano passado, quando houve 2,8 mil notificações.

Segundo o Datatox, mantido pela Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica e Toxicologistas Clínicos (Abracit), dentro dos acidentes ocorridos neste ano, um foi fatal e cinco graves. No ano passado, não houve nenhum óbito,  porém, 31 casos foram considerados graves.

A quantidade de registros do Sinan foi bem maior que os da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). De acordo com a pasta local, foram 921 acidentes no ano passado em Goiás. Com 82 notificações, Goiânia foi o município que mais teve ocorrências, seguido por Rio Verde e Formosa, ambos com 73 ocorrências. De acordo com o Painel Scorpion, da SES-GO, a maioria das pessoas apresentou sintomas leves após a picada.

Uma das vítimas foi a manicure Márcia Fernanda Santos, de 41 anos, picada quando fazia o jantar da família no bairro Jardim Europa na noite desta segunda-feira ,19. Atendida no Centro de Atenção Integral em Saúde (CAIS) Novo Horizonte, recebeu o soro antiescorpiônico e já se recupera em casa. A espécie que a atacou é conhecida como escorpião-amarelo, uma das mais perigosas. Ela relatou posteriormente que, juntamente com vizinhos, já encontrou mais de 20 desses animais no período de um ano.

A preocupação maior deve ser com as crianças até sete anos, a quem efeito costuma ser mais forte, porque ter menor quantidade de sangue. Em Morrinhos, Lorenzo Ferreira de Almeida, de 6 anos chegou a receber antídoto, mas não resistiu e morreu no dia 5 de junho. Ele chegou a ser internado no Hospital Municipal de Morrinhos, mas logo foi transferido para o HDT e chegou a ficar numa unidade de terapia intensiva (UTI).

Em todo o Brasil, segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, foram registrados mais de 154 mil acidentes por picada de escorpião. Segundo o Datatox, mantido pela Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica e Toxicologistas Clínicos (Abracit), dentro dos acidentes ocorridos neste ano, um foi fatal e cinco graves. No ano passado, não houve nenhum óbito; porém, 31casos foram considerados graves.

Orientações

Para auxiliar profissionais da área da saúde, bem como a população em geral, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás (Ciatox) presta atendimento em caráter de emergência quando há qualquer situação de envenenamento ou intoxicação e também acidentes com animais peçonhentos. Por meio dos telefones 0800.646.4350, 0800.722.6001 ou (62) 3241.2723, qualquer pessoa pode acionar os médicos do Ciatox em caso de necessidade.

A picada de escorpião causa dor imediata e ainda pode ocasionar formigamento, vermelhidão e suor no local da ferida. Crianças, que são mais vulneráveis, podem sentir tremores, náuseas, vômitos, agitação incomum, excesso de saliva e hipertensão por alguns minutos ou horas. Vale destacar que todos os escorpiões são venenosos e que a gravidade aumenta devido à espécie e à quantidade de veneno injetada.

Diversidade

Existem quatro principais espécies. O escorpião-amarelo, encontrado em todas as regiões, é o que mais preocupa por ser o mais venenoso. O escorpião-marrom é encontrado na Bahia e em alguns locais do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O escorpião-amarelo-do-nordeste é mais comum no Nordeste, mas há registros em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina. Já o escorpião-preto-da-amazônia, principal causador de acidentes e mortes, é comum em Estados da Região Norte e no estado do Mato Grosso, no Centro-Oeste.

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Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

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