No Senado, Bolsonaro nega ataque a sistema eleitoral

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha atacado o sistema eleitoral brasileiro. A declaração ocorreu após comparecer ao Congresso Nacional nesta quarta-feira, 21, para uma reunião no gabinete do seu filho, Flávio Bolsonaro (PL-RJ).  Eles discutiram sobre a ação em que o Partido Democrático Trabalhista (PDT) pede que o TSE declare inelegíveis o ex-chefe do Executivo Nacional e Walter Souza Braga Netto, candidatos à Presidência da República em 2022.

A legenda os acusa de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião do então presidente Jair Bolsonaro (PL) com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, em 18 de julho de 2022. Em conversa com jornalistas, o ex-presidente se defendeu de acusações de abusos de poder e criticou uma possível diferença no tratamento do TSE, em relação ao julgamento da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer, em 2017.

Bolsonaro afirmou que em momento algum, durante reunião com embaixadores, fez críticas ou ataques ao sistema eleitoral brasileiro.  “Houve sim uma exposição de como funcionava as eleições no Brasil, não fiz ataques”, alegou. A presença do político se deu no mesmo momento em que o advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF) é sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal.

Segundo o partido, Bolsonaro atacou as Cortes do TSE e do STF e afirmou, novamente sem apresentar provas, que os resultados das eleições gerais de 2022 não seriam confiáveis. Além disso, o PDT também afirma que houve violação ao princípio da isonomia entre as candidaturas, configurando abuso de poder político o fato de a reunião ter ocorrido na residência oficial da Presidência da República.

Jurisprudência

Bolsonaro ainda exigiu julgamento similar ao da chapa Dilma/Temer, ocorrido em 2017. “Não pode a jurisprudência mudar de acordo com a cara de quem está sendo julgado. Isso é péssimo para a democracia, se for julgado de forma diferente do que foi a chapa Dilma/Temer, em 2017”, disse. Dilma, que sofreu o impeachment em agosto de 2016, continuou elegível e Temer também.

Na ocasião, plenário do TSE decidiu pela improcedência da Ação de Investigação Judicial Eleitoral que pedia a cassação da chapa, reeleita para a Presidência da República em 2014. Pelo placar de 4 votos a 3, a maioria dos ministros entendeu que não houve abuso de poder político e econômico na campanha de ambos no pleito presidencial.

O julgamento das três ações (Aije 194358, Aime 761 e RP 846) protocoladas pelo PSDB e pela Coligação Muda Brasil foi concluído depois de oito sessões realizadas para examinar a matéria.

Assista ao vídeo:

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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