Lançada a Campanha da Fraternidade 2018

A “Fraternidade e superação da violência” é o tema da Campanha da Fraternidade 2018, lançada ontem pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O lema da campanha é o versículo 8, do capítulo 23 do livro de Mateus: “Em Cristo somos todos irmãos”. Em Goiânia, a campanha foi lançada no auditório da Cúria Metropolitana, no Centro, pelo arcebispo Dom Washington Cruz. O frei Fernando Inácio Peixoto de Castro conduziu a reflexão em torno do tema principal e o arcebispo Dom Washington Cruz concluiu ressaltando o sentido da campanha.

A campanha foi lançada nacionalmente pelo presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, que alertou contra o crescimento de “soluções simplistas” para a violência. Segundo ele, a solução não envolve facilitar o acesso a armas pela população, mas investir em justiça social.

“É um grande equívoco achar que superamos a violência recorrendo a mais violência. Por isso insistimos que a atitude deve ser de não violência. Então não podemos favorecer comércio de armas, facilidade para pessoas terem armas. Nós queremos responder ao problema da violência com a justiça social, com fraternidade nos seus diversos níveis”, afirmou.

Criada em 1962, a Campanha da Fraternidade é uma iniciativa de evangelização e sempre é lançada no início da Quaresma, em preparação para Páscoa. O tema é trabalhado nas igrejas, comunidades e escolas católicas.

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça, participou do lançamento nacional da campanha e disse que a superação da violência no país passa por uma mudança na forma de olhar uma pessoa desconhecida. A ministra disse que, em vez de tratar o outro com desconfiança e como inimigo, é preciso considerá-lo como um irmão e aliado.

“E como aplicar a fraternidade quando a delicadeza com o outro, a crença no outro, e a solidariedade com o outro não é a regra? Esta campanha que aqui se inicia neste ano dá conta da imperativa mudança que se impõe, que é crer que o irmão ao lado é um aliado, porque igual em sua condição humana e na idêntica centelha de dignidade que é o centro de cada um de nós”, defendeu.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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