Dentro de ônibus, mulher acusa homem de ter feito sexo sem pagá-la

O trajeto de uma viagem de Salvador para Ubatã, município baiano, teve que ser interrompido devido a uma confusão durante a noite da última terça-feira, 27. O problema começou quando uma mulher acusou um homem de ter feito relação sexual com ela dentro do ônibus, mas não a ter pagado pelo ato.

Os passageiros serviram de testemunha e contaram que a mulher estava alterada e com uma garrafa de bebida alcoólica na mão desde quando ainda estavam na rodoviária de Salvador. Já dentro do ônibus, a passageira teria começado a interagir com o rapaz e ambos foram para as últimas poltronas do veículo. De acordo com eles, quando tudo aconteceu, eles já estavam na BR-324 com as luzes internas apagadas.

Minutos depois do suposto ocorrido, a moça se levantou da poltrona questionando sobre onde estava o dinheiro dela. Com isso, o homem retornou ao seu assento de origem e negou que tenha tido relações sexuais com ela. A gritaria tomou conta do ônibus, uma vez que a mulher estava exaltada e xingando o rapaz.

Em vídeo publicado pelo portal A Tarde, é possível escutar o homem afirmando ser casado e ter quatro filhos. Em seguida, com a voz arrastada e a garrafa de bebida alcoólica na mão, a mulher pergunta se ele é “estuprador”. Além disso, a gravação mostra alguns passageiros confusos sobre o que estava acontecendo exatamente.

Para acabar com a agitação, o motorista do ônibus parou o veículo e, ao tomar conhecimento da situação, encontrou policiais militares que estavam fazendo a patrulha na rodovia. A ronda acontecia na altura do município de Candeias, localizado a 49 km de distância de Salvador.

Os policiais conversaram com a suposta vítima e conseguiram apaziguar a situação. Para evitar novos problemas, a mulher foi relocada em uma poltrona na parte da frente do ônibus.

Assista ao vídeo:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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