Junho fecha com reajuste no preço do combustível; veja como fica

A partir desta quinta-feira, 29, a gasolina e o etanol vão ficar mais caros. O reajuste nos combustíveis acontecerá devido ao retorno da cobrança dos impostos federais de Programa de Integração Social e de Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre o preço dos combustíveis, podendo afetar diretamente o valor final que chega até os consumidores.

De acordo com as estimativas da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a volta da tributação pode resultar em um aumento de R$ 0,34 por litro de gasolina e de R$ 0,22 no etanol.

No ano passado, a cobrança do PIS/Cofins sobre os combustíveis deixou de ser feita, mas em março o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a cobrança parcial dos tributos. Em termos gerais, a reoneração total deve acontecer até o dia 1º de julho.

Em Goiânia, entretanto, o reajuste já passa a vigorar nesta quinta-feira, 29. “Os postos que adquirirem combustível hoje, por exemplo, já vão perceber o reflexo da cobrança dos impostos”, explica o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade.

Segundo Andrade, a medida provisória que retirou a cobrança dos impostos federais do preço dos combustíveis foi editada em fevereiro e tem validade de 60 dias, tendo sido prorrogada por mais 60, conforme ato previsto em lei. “Para entrar em vigor, essa medida precisa ser votada. Como não foi, os seus efeitos foram ‘cancelados’. Ou seja, a medida provisória vigorou até ontem, então a partir de hoje deixou de ter valor e eficácia, fazendo com que os impostos voltem a ser cobrados”, explica.

Preço nas bombas

Apesar da volta dos impostos a serem somados no valor final da gasolina e do etanol, o reajuste nas bombas depende dos postos.  Os estabelecimentos têm autonomia para definirem os preços cobrados dos clientes, mas os repasses costumam ser rápidos, quando há aumento no valor.

Márcio reforça que a cadeia é livre, portanto cada empresário define quando, como e se o repasse dos reajustes serão feitos. A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) avalia que para um efeito reverso, a iniciativa  deve partir do governo federal.

“Caso não haja nenhuma iniciativa em sentido contrário, os impostos federais integrais serão somados à composição de preços, cuja cobrança terá reflexo para distribuição e revenda e, consequentemente, poderá impactar o consumidor final”, afirma.

Após um mês do anúncio da Petrobras sobre a redução dos valores dos combustíveis, o consumidor se depara com este novo reajuste. A estatal havia deixado de reajustar os preços baseado no mercado internacional e cotação do dólar e assim, os valores chegaram menores para as distribuidoras.

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Goiás lidera crescimento econômico nacional com 3,5% em setembro

Goiás se destacou mais uma vez como o líder do crescimento econômico nacional em setembro, com um aumento de 3,5% na variação mensal, comparado ao mês de agosto. Este crescimento é mais de quatro vezes superior à média nacional, que foi de 0,8% no mesmo período. As informações são do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), medido pelo Banco Central e analisado pelo Instituto Mauro Borges (IMB).
 
A atividade econômica goiana também apresentou um significativo avanço interanual, com um crescimento de 4,7% em setembro de 2024 em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado em 12 meses, o avanço goiano foi de 3,8%, enquanto no acumulado do ano, entre janeiro e setembro, o crescimento foi de 2,4%.
 
O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, atribuiu o crescimento observado a investimentos estratégicos e setores em ascensão. “Mais uma vez a economia em Goiás se destaca entre as demais unidades federativas com o índice divulgado. O crescimento observado é fruto de investimentos estratégicos e setores em ascensão que contribuem para o nosso desenvolvimento econômico,” afirmou.
 
O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) é um indicador considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e é utilizado para monitorar o desempenho da economia em bases mensais. Ele mede a evolução da atividade econômica, considerando dados de setores como indústria, comércio e serviços.

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