Governo de Goiás fortalece rede de cuidado às pessoas em situação de violência

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realiza seminários, oficinas, capacitações e demais atividades educativas para articular e fortalecer a rede de cuidado às pessoas em situação de violência e planeja ações de curto, médio e longo prazo com foco na prevenção, atendimento e monitoramento. Nesta quarta-feira ,28, foi a vez de Piracanjuba sediar seminário com participação dos profissionais da saúde, educação, segurança e assistência social.

O município, de cerca de 25 mil habitantes, registrou 161 ocorrências de todas as naturezas de violências interpessoais e autoprovocadas, de 2019 até março de 2023, apenas no ano passado, esse número chegou a 48. A grande maioria é de violência autoprovocada. Em todo o estado, no mesmo período, o total de notificações foi de 54,2 mil ocorrências.

A violência pode ser física, sexual, psicológica e autoprovocada, e atingir todas as pessoas, as mais suscetíveis são mulheres, crianças, idosos, pessoas com deficiência, negros, quilombolas, indígenas, população LBGTQIA+, pessoas em situação de rua e pessoas com algum transtorno mental.

A coordenadora de Cuidado às Pessoas em Situação de Violência da SES, Ana Maria Porto, explica que o seminário traz como principal orientação a escuta compreensiva às vítimas e apresentação da rede de cuidado. “O importante é sensibilizar esses participantes, porque são profissionais que estão na ponta da rede e precisam ter esse cuidado no acolhimento, na escola ou em uma unidade de saúde. A pessoa nessa situação precisa e tem o direito do atendimento adequado, com notificação correta”.

O secretário municipal de Saúde de Piracanjuba, Fernando de Paula Dias, ressaltou os benefícios da aproximação do Estado com o município. “O seminário traz, para o município, as ferramentas que precisamos para então realizar outras capacitações com nossos profissionais. Podemos desempenhar melhor o que já temos feito tanto no acolhimento quanto no acompanhamento”, afirma. Outros municípios deverão receber a equipe técnica da SES para a realização de seminários. O agendamento é realizado conforme solicitação das regionais de saúde e municípios.

O fortalecimento da rede é o foco da realização de capacitações por todo o estado. Uma rede intersetorial completa é formada por profissionais das áreas de saúde, Conselho Tutelar, conselhos, ONGs, sistema judiciário, abrigos, educação, delegacias, rede de assistência social e Ministério Público, que devem atender pessoas em situação de violência. O engajamento de todas as áreas é uma garantia de prevenção e atendimento adequado.

Naturezas das violências interpessoais:
Psicológica – chantagens emocionais, humilhações, ameaças constantes, perseguições, controle da vida social, vigilância, entre outras.

Sexual – obrigar a ver pornografia, sexo forçado, sexo forçado com outras pessoas em troca de dinheiro ou bens, impedir uso de método contraceptivo, forçar gravidez, aborto ou sexo virtual.

Patrimonial – estragar ou quebrar objetos de trabalho, quebrar celulares e objetos pessoais, rasgar roupas e fotos, quebrar móveis.

Moral – calúnias e injúrias, xingamentos, difamações como, por exemplo, acusar de traição.

Física – tapas, socos, chutes, aperto no pescoço, queimaduras, tortura, feminicídio, entre outras ações.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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