Suspeita de participar de grupo que aplicava golpes é presa em Goiânia

Operação prende suspeitos de desviar R$ 8 milhões em Anápolis e Santo Antônio do Descoberto

Uma mulher foi presa suspeita de fazer parte de um grupo de criminosos especializados no crime de estelionato eletrônico por todo o Brasil na última quinta-feira, 29, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), uma vítima do estado da Bahia foi quem procurou a justiça após sofrer um golpe que lhe causou um prejuízo de quase R$ 60 mil.

De acordo com a polícia, a suspeita está envolvida em um esquema em que um indivíduo se passava por um representante comercial de uma empresa específica, realizando uma falsa venda. No entanto, as vítimas não recebiam os produtos adquiridos, e, em seguida, os golpistas bloqueavam o contato nos aplicativos de mensagens e ligações. A corporação afirmou que a investigação deve continuar para identificar outros possíveis suspeitos relacionados a esse crime.

Estelionato

No código penal brasileiro, o estelionato é classificado como um crime contra o patrimônio. Ele é definido como a ação de obter, de forma ilícita, uma vantagem para si ou para outra pessoa, causando prejuízo a terceiros, por meio de artifícios, ardil ou qualquer outro método fraudulento, induzindo ou mantendo alguém em erro.

No caso do estelionato comum, a pena prevista varia de 1 a 5 anos de prisão. Já na fraude eletrônica, é mais grave, variando de 4 a 8 anos, podendo ser aumentada em até 2/3 se o crime for cometido utilizando um servidor localizado fora do território brasileiro, que seja utilizado para armazenar dados.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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