Bradesco divulga nova estimativa para a inflação em 2023

O Bradesco revisou as estimativas para o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador utilizado para medir a inflação do Brasil. O documento foi divulgado nesta sexta-feira, 07.

A nova projeção do banco mostra que o indicador deve terminar o ano de 2023 em 4,8%, quase no limite da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em janeiro, a expectativa era que este ano fechasse com a inflação em 5,6%.

Segundo Fernando Honorato, economista-chefe do banco, a expectativa é que o IPCA suba para o esperado na nova projeção em dezembro. “O quadro para a inflação melhorou sensivelmente. Além do câmbio mais apreciado, as expectativas de inflação recuaram, respondendo à decisão do CMN pela manutenção da meta de inflação. Esperamos que o IPCA termine o ano em 4,8%. No próximo ano, a inflação seguirá cadente e terminará em 3,6%”, explica.

Para a inflação, a meta deste ano é de 3,25%, mas com o intervalo de tolerância (de 1,5 pontos percentuais para cima ou para baixo), o objetivo será atingido se ficar entre 1,75% e 4,75%.

O documento divulgado pelo Bradesco aponta que o principal risco do cenário idealizado é a materialização de um El Niño “mais severo”, que deve elevar a inflação de alimentos, principalmente os cereais. O fenômeno consiste em alterações significativas na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, alterando o clima.

As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o ano permanecem as mesmas, prevendo que a economia brasileira deve avançar 2,1%. “Nossos modelos, que estão sendo corroborados por nossa pesquisa proprietária, indicam que o PIB ficará próximo da estabilidade neste semestre, com ligeiras quedas”, disse o banco.

Já para 2024, a estimativa do PIB é que fique em 1,5%. “Em um ambiente com baixa chance de crise política ou econômica no curto prazo (fiscal, balanço de pagamentos), o PIB pode surpreender acima daquilo que os indicadores tradicionais de crescimento potencial sugerem para a economia. Por ora, equilibramos esses riscos mantendo a projeção em 1,5%”, afirmou.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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