Homem se passa por pai de santo para enganar idosos

A Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão definitiva contra um homem que enganava idosa em Goianésia, centro de Goiás. José Felipe Machado Barbosa, foi condenado a oito anos e cinco meses de prisão por estelionato e extorsão, se passando por pai de santo, com a promessa de curas milagrosas em troca de dinheiro.

Segundo a polícia, sete inquéritos foram finalizados sobre golpes efetuados pelo falso pai de santo. O valor estimado do prejuízo foi no total de R$60 mil.

O juiz Rafael Machado de Souza, em substituição na 2º Vara de Goianésia, condenou José Felipe por crime de estelionato. Ao decorrer do julgamento, o juiz averiguou dados cadastrais vinculados ao número condenado, comprovantes feitos pelas vítimas e depoimentos colhidos durante a investigação.

Com isso, o magistrado concluiu que as provas eram necessários para a sentença. “Especialmente porque, nos crimes patrimoniais, a palavra da vítima assume especial relevância, notadamente quanto corroborada por outros elementos de prova”, afirmou.

Entenda os golpes

José Felipe fornece ajuda de um “Pai Zé” para curar a compulsão alcoólica do filho de uma vítima. Ele cobrou R$600,00 para retirar um “espírito obsessor” e logo após, através de um contato telefônico, convenceu a vítima a pagar mais R$917,00.

A vítima se recusou a continuar com os trabalhos espirituais e José Felipe passou a ameaçar e extorquir a idosa, a fazendo pagar mais de R$20 mil.

Em outra situação, o condenado ofereceu um trabalho espiritual para curar um idoso que tinha problemas de saúde. O idoso afirma que, depois que José Felipe visitou a residência, ele recebeu uma ligação de uma pessoa que se nomeava como “Pai Antônio”. Na chamada, José Felipe relatou ter tido uma visão em que o idoso estaria naquela situação por ter sido vítima de uma feitiçaria.

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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