Homem acorda de coma pouco antes de aparelhos serem desligados

Um homem acordou pouco antes de aparelhos serem desligados, após passar um ano em coma e ter morte cerebral afirmada. No mês de abril do ano passado, James Howard-Jones, de 28anos, foi atingindo por um soco em uma rua na cidade de Cheltenham, na Inglaterra. A consequência lhe causou graves lesões cerebrais, que exigirão cuidados ao longo do tempo.

O autor do soco, Ben Davies, de 24 anos de idade, foi preso durante dois anos e quatro meses, após confessar em audiência, ter realizado graves lesões corporais contra o jovem, mas sem intenção. No dia do ocorrido, Howard-Jones está com amigos em um bar, assistindo a uma luta de boxe. Quando o grupo deixou o local, ele se depararam com Davies, que estava acompanhado com amigos. Em curto intervalo de tempo, houve uma briga entre eles, que foi apartada pelos seguranças.

Cinco minutos depois, os dois se encontraram novamente, em uma rua próxima ao bar. Uma discussão aconteceu e, desta vez , Davies de um soco em James, deixando a vítima inconsciente.

Logo após a confusão, ele foi encaminhado ao hospital, onde ficou inconsistente durante um ano, no qual precisou passar por várias cirurgias de emergência. Sem reação, os médicos afirmaram a morte cerebral de James. Pouco antes de ter os aparelhos desligados, ele acordou. O jovem entendeu o que havia ocorrido, mas, de acordo com os médicos, ele está passando por uma “depressão severa”.

No começo, o jovem só conseguia fazer contato visual, sem se falar ou se mexer. Aos poucos, o estado foi melhorando, e ele foi transferido para um centro de reabilitação. Porém, precisou retornar ao hospital diversas vezes por causa de várias convulsões.

Atualmente, ele precisa de ajuda para sair da cama e para ir ao banheiro. Além de precisar usar uma cadeira de rodas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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