Mulher trans vence o Miss Holanda e vai concorrer ao Miss Universo

Mulher trans vence o Miss Holanda e vai concorrer o Miss Universo

Rikkie Valerie Kollé é o nome da primeira mulher transexual a vencer o Miss Holanda, e que vai concorrer o Miss Universo deste ano de 2023. Ela tem 22 anos e foi nomeada Miss Holanda no último sábado, 8, recebendo a coroa de sua antecessora, Ona Moody, no Teatro AFAS, em Leusden.

Em seu perfil no Instagram, Rikkie Valerie comemorou sua vitória na competição de seu país. “EU CONSEGUI!! Sim, sou trans e quero compartilhar minha história, mas também sou Rikkie e é isso que importa para mim”, declarou ela.

A Miss Holanda, descendente de indígenas molucanos, é natural da cidade de Breda, entre Rotterdam e Antuérpia. Apesar da novidade de ter uma mulher trans na competição do Miss Universo, o caso não é o primeiro no evento em âmbito internacional.

Angela Ponce foi a primeira mulher trans competidora no Miss Universo, representando a Espanha, em 2018. A competição tem 71 anos e pessoas trans podem participar desde 2012.

Além de Angela e Rikkie, outras mulheres trans participaram de concursos preliminares nos últimos anos, como a ex-Miss Nevada, Kataluna Eriquez, que foi a primeira pessoa trans a concorrer ao Miss Estados Unidos, e Daniela Arroyo González, que vai competir pelo Miss Porto Rico, no próximo mês.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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