Três servidores públicos e uma empresária são indiciados por fraude em licitação, em Inhumas

A Polícia Civil de Inhumas indiciou na tarde da última sexta-feira (16), o secretário de gestão, outros dois servidores públicos e uma empresária por fraude em licitação. O inquérito foi concluído pela equipe da Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Inhumas Indiciando o Secretário de Gestão e Planejamento do município, Rondinelly Carvalhais Barros; o chefe do Departamento de Licitações e Contratos, Guilherme Barreto Mota; a assessora de administração, Luzia Pires da Rocha Lima, e a empresária Kênia Rodrigues da Silva.

Segundo Humberto Teófilo, delegado titular da DDP, a licitação beneficiou um restaurante que conseguiu o alvará sanitário no dia do pregão. Durante um acordo verbal entre Kênia (empresária) e Luzia (assessora) foi combinada a formalização de um processo licitatório com o objetivo de pagar valor que a Prefeitura Municipal devia ao restaurante.

Após o vencimento da licitação fraudada, Kênia incluiu em outras notas fiscais emitidas depois da licitação os valores das notas fiscais pendentes recebidas antes.

Não houve prisões, o inquérito foi enviado ao judiciário. A pena para esse tipo de crime é de dois a quatro anos de detenção.

Em resposta o advogado Guilherme Barreto Mota disse que o processo encontra-se com parecer ministerial opinando pelo arquivamento do processo vez que não houve qualquer indício de crime ou irregularidade bem como crítica do mesmo órgão sobre a forma que foi conduzido o procedimento investigatório.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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