Foram 57 mulheres mortas no Estado de Goiás por feminicídio em 2022, de acordo com os dados da Secretária de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO). Apesar de ser o maior número de casos, 2022 apresentou o menor crescimento se comparado ao ano anterior, 5,55%, mas corresponde a um aumento de 58% em relação a 2018, primeiro ano de divulgação dessa estatística.
A lei que institui o feminicídio no Brasil, Lei 14.104/15, completou oito anos no último mês de março. Apesar disso, Secretária de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO) apresenta apenas os dados de 2018 em diante que indicam um total de 244 feminicídios registrados em Goiás nos últimos cinco anos.
Os números de feminicídio cresceram gradualmente de 2018 até 2020 e apresentam um salto em 2021. Foram 36 casos em 2018, 40, em 2019, e 44, em 2020. Entretanto, o número de assassinatos de mulheres só por serem mulheres aumentou em 22,7%, no ano de 2021, um crescimento maior do que os três anos anteriores juntos.
Mesmo com o salto no número de registro de feminicídios em 2021, é ainda o ano de 2022 que tem o maior número de casos registrados desde o início da publicação dessas estatísticas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), em 2018.
As estatísticas apresentadas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO) apontam que, neste ano de 2023, 13 mulheres já foram mortas por feminicídio em Goiás.
A Lei citada no início da matéria tipificou o assassinato de mulher por ser mulher como homicídio qualificado, cuja pena é reclusão em regime fechado de 12 a 30 anos. Para caracterizar um crime contra a vida como feminicídio é necessário que a mulher seja vítima de assassinato com envolvimento de violência doméstica ou discriminação contra sua condição de mulher.