Joice Hasselmann dispara ofensas contra Carla Zambelli na internet

Em um vídeo publicado em suas redes sociais nesta quinta-feira, 13, Joice Hasselmann disparou uma série de ofensas à deputada Carla Zambelli (PL-SP). “Burra, biruta e bandida” foi alguns dos termos usados pela ex-deputada federal, de quem Zambelli já foi próxima. Na gravação, Hasselmann projeta a cassação da parlamentar bolsonarista.

“A figura é um personagem folclórico, risível, digna do deboche”, diz no início da gravação. “A criatura consegue protagonizar uma cena mais dantesca que a outra. O caso agora envolve o hacker [da Vaza Jato], que segundo relatos dele mesmo foi contratado para invadir urnas eletrônicas e as contas do ministro Alexandre de Moraes”, disse Hasselmann, em referência ao caso Walter Delgatti Neto.

Desprezada pelos deputados “por tamanha estupidez em forma de gente”, Hasselmann afirmou que outros congressistas não vão interferir para ajudar Zambelli em uma eventual cassação. “A moça já provou que é biruta e que é bandida, basta relembrar a cena em que a maluca saiu correndo pelo Jardins, região nobre de São Paulo, com uma arma em punho atrás de um homem, ameaçando atirar nele. E isso, depois de uma troca de xingamentos”.

 

Hasselmann também é ex-aliada de Bolsonaro, mas perdeu mais de um milhão de votos em 4 anos e não conseguiu se reeleger a deputada federal em 2022. Em 2018, foi a deputada mulher mais votada para a Câmara e teve 1.078.666 votos. No ano passado, recebeu 13.679 –número insuficiente para garantir uma vaga.

A relação de Zambelli com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está abalada, diz Hasselmann. “O caso de amor com ele acabou. Bolsonaro não quer ver Carla Zambelli nem pintada de ouro. Agora ela, com suas sucessões de idiotices, vai ter que se virar sozinha. Ela pode se sentar no sofá, estourar uma pipoca e aguardar a cassação”, finaliza.

Em depoimento à Polícia Federal, Delgatti afirmou que Zambelli lhe pediu para tentar invadir urnas eletrônicas ou, em caso de insucesso na tarefa, a conta de e-mail e o telefone do ministro do Supremo Trbunal Federal Alexandre de Moraes. Os detalhes da oitiva foram revelados pela jornalista Andreia Sadi, da GloboNews.

Segundo a emissora, também partiu de Zambelli a ideia para Delgatti incluir em um mandado falso de prisão contra o ministro a frase “publique-se, intime-se e faz o L. Assinado: Alexandre de Moraes”. O documento fraudulento foi inserido no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do Conselho Nacional de Justiça e descoberto em 5 de janeiro.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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