Caiado recebe Bolsonaro no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia

O governador Ronaldo Caiado recebeu, nesta sexta-feira, 14, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. O chefe do Executivo estadual explicou que partiu dele o convite para o almoço na residência oficial. “Sei da liturgia do cargo, da representatividade de um governador. Essa é a característica que tem de ter um governante, ouvir todas as lideranças políticas”, afirmou Caiado. A primeira-dama Gracinha Caiado também recepcionou o ex-presidente.

Ao final do encontro, Bolsonaro relatou que veio a Goiânia para realizar um tratamento dentário e agradeceu o convite do governador. O ex-presidente destacou os resultados positivos alcançados pela gestão de Caiado na área da Segurança Pública. “Goiás é um dos estados que melhor trata a questão da Segurança Pública. Tanto é que os índices de criminalidade estão lá embaixo”, avaliou ao citar o êxito no combate às invasões de terra em Goiás.

Bolsonaro também ressaltou a eficiência da gestão estadual nos investimentos nos Colégios Estaduais da Polícia Militar de Goiás (CEPMG), após decisão do governo federal de encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). “Parabéns ao Caiado. Esses colégios militarizados pela Polícia Militar existem há mais de 20 anos. Isso faz diferença no futuro de um estado.”

Caiado explicou que, antes do almoço, recebeu o ex-presidente em seu gabinete, juntamente com parlamentares estaduais e federais. “Foi uma conversa descontraída, mais no sentido de dizer o que foi feito no governo dele por Goiás, os avanços que tivemos e também da liderança dele, até porque foi bem votado no estado.”

Também participaram do encontro o senador Wilder Morais, os deputados federais Gustavo Gayer e Professor Alcides, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto, os deputados estaduais Fred Rodrigues, Cairo Salim, além do ex-deputado Major Victor Hugo.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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