Com infecção, jovem que cheirou pimenta tem cirurgia adiada

Jovem internada após cheirar pimenta recebe alta da UTI pela segunda vez

A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, internada em estado grave após ter complicações ao cheirar pimenta, teve nova cirurgia nos trocânteres para retirada de abcessos adiada. O procedimento estava previsto para o último sábado, 15, no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação (Crer), em Goiânia.

Os médicos optaram por adiar o procedimento para a quarta-feira, 19.“Infelizmente não foi possível realizar a cirurgia que estava marcada para hoje as 13h, os motivos ainda não nos foi informado. Ela está no quarto e hoje ela está tranquila sem dores e dormindo bem, graças a Deus”, diz a última mensagem postada em seu perfil no Instagram.

Segundo a unidade, a cirurgia não foi feita “por motivos clínicos” e a paciente permanece internada em enfermaria, com quadro clínico estável. Adriana Medeiros, mãe de Thaís, disse ainda não ter recebido detalhes do adiamento e a filha permanece com infecção no “trocanter”.

Em outra postagem, a família informa que o estado clinico dela é bom, mas a parte neurológica ainda é uma incógnita. “Ainda não temos uma data certa para receber alta e ir para casa, pois de um dia para o outro, tudo muda e o que era expectativa vira uma incerteza sem fim”.


O caso

No início de junho, Thaís chegou a receber previsão de alta. Na época, ela fez o mesmo procedimento, mas ela teve um novo abscesso. No fim de junho, Thaís teve infecções e o retorno para casa foi adiado. Na época, Adriana contou que a filha se recuperava de uma infecção de urina e de um fungo que surgiu após outra cirurgia.

A jovem passou mal no dia 17 de fevereiro, quando estava na casa do então namorado, em Anápolis, e cheirou uma conserva de pimentas. Foi levada às pressas para a Santa Casa da cidade e depois transferida para Goiânia. A trancista teve sequelas no cérebro devido à reação alérgica severa, não anda e nem fala. Ela ficou mais de 20 dias na UTI e posteriormente apresentou quadro de pneumonia.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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