Mãe se diz aliviada por filha morta não ter sofrido violência

A Polícia Civil descartou a hipótese de alguém ter entrado no apartamento da modelo Dalliene de Cássia, encontrada morta dentro do apartamento. A mãe da vítima, Valéria Alves Brito, de 46 anos, se mostrou aliviada com o fato. “Prefiro saber que ninguém entrou no apartamento. Porque não mexeram nela, não machucaram minha filha.”

A mulher de 21 anos foi encontrada nua, com o travesseiro sob o rosto e sem vida deitada na cama, no edifício onde morava na zona sul de São Paulo, aproximadamente às 6h, do dia 1º deste mês. O prédio não possui porteiro e o apartamento estava trancado por dentro.

Valéria chegou em São Paulo na última sexta-feira, 14, para retirar os pertences da vítima do apartamento, no bairro Santo Amaro. Mas antes, a Polícia Civil fez uma recosntituição no local, liberando para a mãe da vítima.

Todos o itens de Dalliene foram levados para Uberaba, em Minas Gerais, onde morava com a mãe antes de tentar a carreira de modelo em São Paulo.

Corpo encontrado

Brunna Ysabelle Gondim Faria, de 22 anos, acionou os policiais e o zelador do prédio no dia em que encontrou Dalliene morta, para que entrasse no apartamento, porque estava trancado por dentro. Brunna relatou não possuir uma chave cópia.

Ainda não foi revelado a causa da morte da jovem, mas as linhas de investigações considera que a vítima pode ter morrido por envenenamento, overdose de drogas, ou por complicações pós-operatória, já que recentemente a mulher havia feito uma cirurgia de impante mamário.

No quarto da ex-modelo, tinha uma porção de cocaína e uma nota de dinheiro enrolada apontando o possível uso da droga. No imóvel foi encontrado apreendeu maconha e anfetamina. Brunna relatou em depimento que as duas faziam o uso eventual das drogas.

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ONU: 140 mulheres são vítimas de feminicídio por dia no mundo

Em 2023, 85 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em todo o mundo, sendo que 60% desses homicídios foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. O índice equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias ou uma a cada dez minutos.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 25, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, pela ONU Mulheres e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).

De acordo com o relatório Feminicídios em 2023: Estimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família, o continente africano registrou as maiores taxas de feminicídios relacionados a parceiros íntimos e familiares, seguido pelas Américas e pela Oceania.

Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres assassinadas em ambiente doméstico (64% e 58%, respectivamente) foram vítimas de parceiros íntimos, enquanto, em outras regiões, os principais agressores foram membros da família.

“Mulheres e meninas em todo o mundo continuam a ser afetadas por essa forma extrema de violência baseada no gênero e nenhuma região está excluída”, destacou o relatório.

“Além do assassinato de mulheres e meninas por parceiros íntimos ou outros membros da família, existem outras formas de feminicídio”, alertou a publicação, ao citar que essas demais formas representaram mais 5% de todos os homicídios cometidos contra mulheres em 2023.

“Apesar dos esforços feitos por diversos países para prevenir os feminicídios, eles continuam a registar níveis alarmantemente elevados. São, frequentemente, o culminar de episódios repetidos de violência baseada no gênero, o que significa que são evitáveis por meio de intervenções oportunas e eficazes”, concluiu o documento.

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