No primeiro semestre de 2023, o desmatamento no Cerrado destruiu 491 mil hectares, um aumento de 28% se comparado ao mesmo período de 2022. O levantamento é do Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado (SAD Cerrado), mantido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPMA).
O aumento mais expressivo aconteceu do mês de abril, com 68.825 hectares, para o mês de maio, quando houve um salto de mais de 118 mil hectares de áreas desmatadas. No mês de abril, o desmatamento do bioma ultrapassou 69 mil hectares, atingindo uma área de terra equivalente ao dobro do tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
No último mês de junho, essa área aumentou para 126 mil hectares de vegetação nativa desmatada, 20,6% do que foi registrado no mesmo mês em 2022. A maior concentração de desmatamento do Cerrado acontece na região Matopiba, uma fronteira agrícola no bioma, composta pelos estados do Maranhão, Piauí, Bahia e Tocantins. São 74,7% de toda área desmatada no Cerrado só no Matopiba, o que representa mais de 360 mil hectares.
Ainda de acordo com os dados do SAD Cerrado, a maior parte destruída é registrada em áreas privadas, que concentram 48% da destruição da mata nativa do bioma no primeiro semestre de 2023, totalizando em mais de 190 mil hectares.