Goiás atua na difusão de práticas agropecuárias sustentáveis

A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) assina, nesta quinta-feira, 27, Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para a integração de esforços entre as partes, visando ampliar a área ocupada com sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). O evento será no auditório da Seapa, em Goiânia, às 8h.

Por meio da cooperação, devem ser desenvolvidas atividades conjuntas para ampliar a área ocupada com sistemas de ILPF em Goiás, por meio da difusão de tecnologia em regiões potenciais, capacitação de técnicos de assistência rural, realização de diagnósticos de adotabilidade da tecnologia e identificação de gargalos e potencialidades, buscamos promover a adoção sustentável desses sistemas.

PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS

Para garantir a efetivação dos objetivos do projeto, inicialmente serão  identificadas regiões com maior potencial para adoção de ILPF em Goiás. Diante disso, serão realizadas visitas técnicas e eventos de divulgação, incluindo a capacitação de técnicos de assistência rural, que serão encarregados de realizar diagnósticos das situações atuais de cada área mapeada.

O secretário Pedro Leonardo Rezende, titular da Seapa, destaca que a iniciativa está alinhada com as estratégias de desenvolvimento das cadeias produtivas do agronegócio.

“A crescente demanda mundial por alimentos e recursos naturais requer uma expansão da produção agrícola sustentável. Nesse contexto, os sistemas de ILPF surgem como uma alternativa viável, uma vez que promovem a intensificação sustentável da produção agrícola. A parceria entre a Seapa e a Associação Rede de Fomento ILPF visa impulsionar o desenvolvimento e a adoção dessas práticas no estado de Goiás, alinhando-se aos compromissos do Plano de Execução da Unidade”, afirma.

A gerente de Sustentabilidade Agropecuária da Seapa, Stella Miranda, entende que “a iniciativa representa um importante marco na difusão e qualificação profissional relacionadas a essa tecnologia. Goiás é um estado referência em agropecuária e tem um potencial produtivo bastante amplo. A expansão das atividades deve estar atrelada a sistemas produtivos ambientalmente sustentáveis, o que expande não só a produtividade como o reconhecimento e valorização da nossa produção mundialmente”.

Participam da assinatura da ACT representantes da Seapa, Rede ILPF, Universidade Federal de Goiás (UFG), Embrapa, Syngenta, Cocamar e Sementes Oeste Paulista (Soespe).

SOBRE O ILPF

A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) inclui diferentes estratégias e tecnologias para garantir a promoção da recuperação de áreas de pastagens degradadas agregando, na mesma propriedade, sistemas produtivos diversificados.

A ILPF pode ser executada em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, de forma que haja benefício para todas as atividades.

A assinatura da ACT faz parte do projeto Integra GO, que contempla uma série de atividades, incluindo a definição de roteiros e atividades para divulgação do sistema, difusão tecnológica e publicação de documentos técnicos e científicos, bem como a sistematização dos resultados.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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