Dois homens são presos por suspeita de estelionato, que movimentou R$ 2 bi

Dois homens são presos por suspeita de praticar estelionato contra postos de combustível

Nesta quinta-feira, 27, a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) prendeu o ex-empresário Fábio Lopes e seu amigo, Lucas Rodrigues, por suspeita de praticar crime de estelionato, chegando a movimentar R$ 2 bilhões durante três anos, tendo uma rede de postos de combustível entre as vítimas.

De acordo com a Polícia Civil, os dois invadiram o sistema de uma transportadora e tiveram acesso às requisições de combustível e, com notas falsas, conseguiram abastecer quase cinco mil litros, que equivale a R$ 27 mil, e vender para outro posto de combustível.

Um dos frentistas reconheceu um dos suspeitos e acionou a Polícia Civil, que cumpriu dois mandados de buscas e dois de prisão em Goiânia. Apesar disso, a operação que investiga o caso é conduzida pela delegacia de Hidrolândia.

No momento de cumprir os mandados, a Polícia descobriu também que os dois suspeitos estão envolvidos em uma organização criminosa robusta ao encontrar, na casa de um deles, um computador que envia continuamente e-mails de spam, recuperando dados de pessoas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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