Prefeitura de Goiânia recolhe todos os meses 54 mil toneladas de lixo e resíduos descartados irregularmente em espaços públicos

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), recolhe todos os meses, em média, 54 mil toneladas de lixo e resíduos descartados irregularmente em espaços públicos da capital. Levantamento da gestão municipal aponta 125 pontos clandestinos de descarte, mapeados em 80 bairros, dentre lotes, calçadas, margens de ruas e de avenidas e praças.

Nos locais são encontrados resíduos de construção civil, móveis em geral, galhadas de árvores e animais mortos misturados ao lixo doméstico. Os entulhos poluem visualmente o ambiente, atrapalham o tráfego de veículos e de pedestres, exalam mau cheiro e servem de esconderijo para animais peçonhentos e de criadouro para o mosquito Aedes Aegypti.

“É um trabalho permanente, mas de enxugar gelo. Nós removemos o lixo hoje, e amanhã o local já está sujo de novo. Parece que muita gente ainda não conseguiu dimensionar os malefícios que o descarte clandestino traz. A colaboração efetiva da comunidade é fundamental para deixar a cidade limpa do jeito que todos desejamos”, afirma o presidente da Comurg, Alisson Borges.

A companhia realiza a remoção de entulhos regularmente. Em um condomínio no Jardim Gardênia, por exemplo, a limpeza acontece aos finais de semana. Média de 240 toneladas de lixo é retirada em cada ação. Na Rua Barcelona, no Residencial Três Marias, a limpeza também é feita aos sábados e domingos, com 180 toneladas de entulho removidas em cada ação.

“Todo o lixo recolhido é encaminhado para o aterro sanitário de Goiânia. Infelizmente, muitos materiais recicláveis acabam indo junto. Se houvesse a devida separação e disponibilização para o caminhão da coleta, os itens recicláveis poderiam ser enviados às cooperativas de reciclagem, gerando renda para muitas famílias goianienses”, pontua Alisson Borges.

Ecopontos e Cata-treco

Conforme estabelece o Código de Posturas do Município, o descarte de resíduos em vias e terrenos públicos é crime. A multa varia de R$ 500 a R$ 5 mil. Para não correr risco de ser autuado, o morador precisa descartar corretamente o lixo. Hoje, a Comurg oferece dois serviços gratuitos de recolhimento de resíduos volumosos: os Ecopontos e o Cata-treco.

Os Ecopontos funcionam todos os dias, das 7h às 22h, em cinco bairros: Jardim Guanabara II, Setor Faiçalville, Jardim São José, Residencial Campos Dourados e Parque Eldorado Oeste. Os espaços possuem caçambas para deposição de restos de obras e de podas, galhadas, móveis velhos, pneus e até óleo de cozinha usado. O serviço não exige agendamento.

Já o Cata-treco busca, em domicílio, mediante a agendamento, itens inservíveis variados: sofás, camas, guarda-roupas, colchões, geladeiras, aparelhos de ar-condicionado, computadores, dentre outros. O morador pode solicitar atendimento através do telefone 3524-855, pelo WhatsApp 98596-8555 ou pelo aplicativo Prefeitura 24h.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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