CPI da Americanas ouve auditores independentes e ex-diretores da empresa

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que apura possível fraude contábil na Americanas ouve, nesta terça-feira, 1º, a sócia de auditoria da KPMG no Brasil, Carla Bellangero, e a líder de auditoria da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes Ltda, Fábio Cajazeira Mendes. Também serão ouvidos o ex-diretor Executivo da Americanas S. A. Miguel Gutierrez e o ex-diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Americanas S. A. Fábio da Silva Abrate.

A Americanas pediu recuperação judicial no dia 19 de janeiro após anunciar um rombo contábil de R$ 20 bilhões. As oitivas foram requeridas pelos deputados Domingos Neto (PSD-CE) e Carlos Chiodini (MDB-SC).

Para Domingos Neto, que pediu para ouvir os auditores independentes, não se pode ignorar o papel das empresas de auditoria independente que, ao longo dos anos, atestaram a correção dos balanços da empresa, mesmo com registros equivocados e que levaram às perdas.

“É importante a presença de representantes das empresas de auditoria KPMG e PwC para esclarecer o posicionamento da auditoria independente com relação às demonstrações contábeis da Americanas e sua responsabilidade para que elas fossem aprovadas sem que refletissem adequadamente a situação da empresa”, afirma.

Para Carlos Chiodini, é importante também que sejam ouvidos diretores e ex-diretores da Americanas para o esclarecimento dos fatos ocorridos e para o bom andamento dos trabalhos da CPI.

 

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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